
Embaixador de Portugal promete apoios para promoção do “jornalismo de qualidade” no país

(ANG) – O Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau promete a continuidade de apoios à iniciativas que têm como objetivo a promoção do “jornalismo de qualidade”, por acreditar que a imprensa livre e capacitada é absolutamente indispensável para sociedades justas e informadas.
Miguel Cruz Silvestre falava no ato de encerramento da formação de cinco dias decorrida entre 27 e 31 de Janeiro, em Bissau, destinada aos jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social público e privados e promovida pelo Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR), em parceria com o Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (Sinjotecs).
Disse que Portugal reitera o compromisso para com o desenvolvimento estratégico da Guiné-Bissau e que a comunicação social é um pilar essencial para o progresso democrático e para o fortalecimento das instituições.
O Embaixador de Portugal anunciou que estão já a lançar as bases do que será as negociações entre a parte guineense e portuguesa sobre as áreas temáticas que vão marcar o próximo ciclo de cooperação bilateral entre os dois países nos próximos cinco anos – 2025-2030.
Com relação a capacitação e da formação, disse que gostaria de acolher as propostas que lhes chegam da parte guineense, tendo aproveitado a ocasião para dizer ao Inspetor-geral do Ministério da Comunicação Social para fazer a mesma coisa ao nível institucional.
Disse que, todos têm a perspetiva diferente em termos de informação, mas o importante é que haja um esqueleto comum que tem a ver com a implementação e aplicação, sem qualquer dúvida, dos princípios deontológicos do jornalista no que tem a ver com a verificação dos factos.
Cruz Silvestre sublinhou que a responsabilidade de qualquer jornalista é transmitir os factos, verificar as fontes, porque o resto é um pouco da história como alguém quer e a perspectiva que um jornalista quer dar.
Acrescentou que outra responsabilidade ainda maior que cabe a imprensa é transmitir de forma muito simples à destinatários leitores, aquela que é uma realidade dentro daquilo que é a margem constitucional da sua ação, uma vez que há uma certa latitude, porque os factos não mudam.
Para aquele responsável é importante o debate e diálogo entre pessoas que têm a mesma profissão e pontos de vistas e visão diferentes, tendo em conta que unem o mesmo sentimento que é o amor, o respeito para com a profissão e sobretudo o respeito para com o público.
O diplomata português sublinhando que qualquer jornalista que põe pé fora de destas três realidades não está a cumprir com o trabalho do jornalismo.
Para Miguel Silvestre a conjugação do Cenjor, o Sinjotecs e a Agência Lusa com jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social guineense reflete a caracterização do esforço conjunto para fortalecer a integridade jornalística e combater a desinformação na Guiné-Bissau.
“Encorajo-vos, porque vocês os jornalistas são o elo fundamental entre o acontecimentos e a sociedade”, salientou, frisando que “o mundo em que vivemos é de constante mudança e o trabalho dos jornalistas vai muito mais além do que um mero transmissão dos factos”.
Disse que informar com responsabilidade é ,acima de tudo, preservar a confiança do público e que isso só se trabalha com ética e precisão dos factos que são valores inegociáveis para todo e qualquer jornalista.
Miguel Cruz Silvestre defendeu que todos os jornalistas têm que estar habilitados e terem ao seu dispor ferramentas e metodologias adequadas que permitam enfrentar todos os desafios contemporâneos de comunicação social.
Durante cinco dias os 25 jornalistas participantes abordaram com o formador da Lusa, João Pedro Fonseca o jornalismo de crise, verificação dos factos, desinformação entre outros temas. ANG/MI/ÂC//SG