
Governo anuncia admissão de mais quadros na Educação e Saúde

(ANG) – O Governo anunciou quinta-feira(01) a efetivação de 9.117 novos ingressos nos setores da saúde e educação, e que no âmbito da reforma do quadro remuneratório da administração pública, estão previstas a unificação da grelha salarial e aumento do salário mínimo para 2026.
O anúncio foi feita pela ministra da Função Pública, Reforma Administrativa, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social, Mónica Buaro da Costa, ao intervir no ato comemorativo do dia internacional dos trabalhadores, assinalado quinta-feira , sob o lema “União, Disciplina e Trabalho”, no largo da Câmara Municipal de Bissau.
A governante assegurou na sua comunicação que o Executivo vai trabalhar na atualização de quadro orgânico do pessoal e as plantilhas de setor da defesa e segurança, como também vai ser adquerido o sistema de controlo electrónico de presençasem em substituição do livro de ponto.
A governante anunciou que o governo vai atribuir 150 bolsas de formação profissional à jovens guineenses para Cabo Verde, Reino de Marrocos e Portugal.
Buaro da Costa disse que o Executivo está comprometido com a garantia do trabalho digno e a promoção do crescimento económico do país, razão pela qual tem trabalhado nos últimos anos para reduzir a taxa de desemprego, particularmente o desemprego jovem e não só, como também priorizou a formação e qualificação de jovens, através da formação profissional.
O titular da pasta de Comunicação Social, Florentino Fernando Dias, em representação do chefe do Governo, Rui Duarte Barros, disse que a celebração da data é uma oportunidade para o governo exprimir a sua consideração e o seu reconhecimento aos trabalhadores guineenses por seu contributo para a promoção e desenvolvimento do país e do bem-estar colectivo.
Dias sublinhou que a Guiné-Bissau é um país rico em potencial humano e recursos naturais, razão pela qual só pode alcançar o desenvolvimento pleno quando todos os trabalhadores, de campo a cidade, do setor público e privado, tiverem oportunidades dignas, salários justos e proteção social assegurada.
Para o Secretário da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau, Central Sindical, Malam Li Baldé, o exercício do direito sindical na Guiné-Bissau exige de cada um esforço titânico.
Li Baldé criticou que tanto os dirigentes sindicais como sindicalistas, são tidos ou vistos como inimigos ou adversários do Governo no poder.
“Desde os primórdios da implementação do regime democrático em 1991, os governantes nunca respeitaram os sindicatos e seus associados que são trabalhadores e únicos criadores da riqueza do país”, disse.
Malan Li Baldé acrescentou que apesar das lutas sindicais levadas a cabo em todas as áreas do trabalho, neste país as condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras continuam péssimas “sem poder de compra, levando toda a vida a mendigar para poder assegurar a si e a própria familia”.
Baldé defende que é preciso continuar a luta para a dignificação da classe trabalhadora, e diz que, por isso, deve haver união, solidariedade e confiança mútua entre os trabalhadores da Guiné-Bissau.
Tal como em épocas passadas, o dia dos trabalhadores foi assinalado com desfiles de diferentes grupos profissionais. ANG/O Democrata