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Guerra Médio Oriente/Angolanos no Líbano pedem ajuda para regressar ao país

Guerra Médio Oriente/Angolanos no Líbano pedem ajuda para regressar ao país

(ANG) – As autoridades angolanas asseguram que mais de quarenta famílias angolanas, no Líbano, estão bem e fora do epicentro da guerra que opõe Israel e o Hezbolah. Todavia, em Beirute, há angolanos que “contrariam” essa informação, alegando estarem no meio de fogo cruzado e pedem ajuda à embaixada angolana no Egipto, uma vez que Angola não tem representação diplomática no Líbano.

Em declrações à Radio Nacional de Angola, Fernanda Sousa, uma angolana que se deslocou a Beirute para tratamento médico, relata que a situação no sul do país é devastadora, sublinhando que os ataques obrigaram-na a passar na noite na estrada.

“Estou aqui em Beirute há um mês. Não vivo cá, vim para uma consulta, sou casada com um libanês. A situação aqui está péssima. Estou na cidade de Beirute, mas não estava aqui, estava no sul de Beirute, numa terra que foi totalmente atacada e destruída. Tive que sair dela no momento que estavam a bombardear. Fiquei 24 horas na estrada”, descreveu a angolana.

A cidadã angolana, casada com um libanês, diz que as noites, no Líbano, têm sido de intensos bombardeamentos, pelo que pede a ajuda da embaixada de Angola no Egipto para regressar ao país.

“Eles atacam todos os dias à noite. Não durmo há dias, porque todos os dias atacam aqui a cidade. Estou numa casa com os familiares do meu marido. Ninguém aqui fala português, ninguém consegue me entender. Por favor, eu só quero sair daqui, só quero que me ajudem ! Eu sei que tem mais angolanos aqui, mas eu não tenho contacto com nenhum outro angolano que está aqui”, apelou Fernanda Sousa.

Fernanda Sousa, como muitos angolanos que se encontram naquele país do Médio Oriente, revela que não há voos comerciais em Beirute e os que existem são os de repatriamento.

“Não há voos. O aeroporto está aberto, mas os voos que vêm para aqui são aqueles vêm buscar os cidadãos dos seus próprios países. Já veio voo de Portugal, já veio voo do Brasil e são esses os únicos voos que vêm para aqui. Tudo que eu preciso é sair daqui”, explicou.

A nota da Embaixada de Angola no Egipto avança que a maioria dos angolanos são cidadãs casadas com libaneses, que foram transferidas da região Sul para a zona norte do Líbano. É a equipa de Nelson Cosme, embaixador de Angola no Cairo, também acreditado para o Iémen, Jordânia e Palestina, que está a supervisionar a situação no Líbano.ANG/RFI

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