Irão/Família de Mahsa Amini impedida de receber Prémio Sakharov
(ANG) – O Parlamento Europeu entregou esta terça-feira, o Prémio Sakharov a Mahsa Amini, a jovem de 22 anos morreu depois ter sido detida pelo mau uso do véu. A cerimónia decorreu sem a presença dos familiares que foram impedidos pelas de viajar pelas autoridades iranianas.
O Irão proibiu familiares da jovem curda, que morreu depois ter sido detida pelo mau uso do véu, de viajar para receber o Prémio Sakharov que lhe foi atribuído a título póstumo.
A família foi representada em Estrasburgo pelo advogado Saleh Nikbakht, que leu uma mensagem da mãe, Mozhgan Eftekhari, durante a cerimónia.
«O luto por Jina é eterno em mim e ela é imortal para pessoas em todo o mundo. Acredito firmemente que o seu nome, ao lado do de Joana d’Arc, continuará a ser um símbolo de liberdade. Desde o local de nascimento da eterna Jina, transmito-vos a gratidão infinita da minha família e espero que se mantenham firmes e orgulhosos pela vossa escolha. Esperemos que nenhuma voz tenha medo da proclamação da liberdade», leu o advogado da família.
Mahsa Amini morreu em 16 de Setembro de 2022, três dias depois de ter sido detida pela polícia de costumes iraniana por usar um véu que não lhe assentava bem.
A morte da jovem de 22 anos deu origem a meses de manifestações em grande escala contra os líderes políticos e religiosos do Irão, cuja repressão resultou em centenas de mortes e milhares de detenções.
A Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, afirmou que as jovens tiranias não estão sozinhas prometeu mais sanções contra os líderes iranianos e colocar a Guarda Revolucionária na lista de organizações terroristas.
O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, criado em 1988, em honra do físico e dissidente político soviético Andrei Sakharov, é atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu para distinguir pessoas e organizações que se dedicam à defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
ANG/RFI