Marrocos/Cimeira Financeira de África 2024 encerra com assinatura de 20 memorandos de entendimento
(ANG) – Os trabalhos da Cimeira Financeira de África (AFIS-2024) terminaram terça-feira em Casablanca, com a assinatura de 20 memorandos de entendimento.
Organizada pela primeira vez em Marrocos sob o tema “Chegou a hora dos poderes financeiros africanos”, esta edição de dois dias reuniu 1.200 participantes, cerca de 40 ministros e governadores de bancos centrais, e 72 países representados.
As discussões durante o AFIS 2024 destacaram soluções concretas para construir um sistema financeiro africano inclusivo, sustentável e inovador, capaz de responder aos desafios da transição climática e da transformação digital.
Assim, foi destacada a importância de modelos de financiamento sustentáveis e inovadores para acelerar o desenvolvimento de infraestruturas, energias renováveis e resiliência climática. Os actores africanos e internacionais exploraram ferramentas estratégicas, tais como fundos de depósito e a integração de tecnologias financeiras, para mobilizar os recursos necessários para o crescimento económico.
Estas discussões também destacaram iniciativas de harmonização regulamentar no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), essenciais para a construção de um ambiente financeiro integrado.
As mesas redondas abordaram temas-chave, incluindo as oportunidades oferecidas por ativos alternativos, moedas digitais do banco central (CBNCs) e inteligência artificial. Estas soluções visam modernizar os pagamentos transfronteiriços, promover a inclusão financeira e transformar os sistemas agrícolas através de inovações AgriTech.
Além disso, o aumento das obrigações verdes e dos investimentos de impacto foi identificado como uma importante alavanca para impulsionar o financiamento sustentável e reforçar a segurança alimentar no continente.
Ao mesmo tempo, as perspectivas associadas às poupanças africanas e aos pagamentos integrados foram apresentadas como motores essenciais para impulsionar a economia e consolidar a autonomia financeira de África.ANG/FAAPA