Moçambique/ Renamo não vai parar de manifestar contra resultados das eleições autárquicas
(ANG) – A Renamo não vai parar de manifestar enquanto não for reposta a justiça eleitoral.
A decisão é dos membros e simpatizantes do principal partido da oposição em Moçambique que tem saído às ruas para protestar contra os resultados que dão vitória “esmagadora” a Frelimo, força política que apoia o Governo.
Sair à rua vai continuar a ser uma ação de protesto e com claros objetivos diz Fernando Matuazanga, membro e quadro sénior da Renamo em Nampula:
“O objetivo é o mesmo que nós já referimos. O partido ao nível central deu instruções de fazermos essas marchas em repúdio aos resultados que foram proclamados. Enquanto não se mudar o resultado a nosso favor, porque o povo votou na Renamo, não vamos parar”, frisou.
Para além de Nampula, Maputo e Quelimane é onde as ações de protesto se fazem sentir contra os resultados intermédios que atribuem a vitória a Frelimo, partido no poder.
“É uma forma de também mostrarmos ao conselho constitucional e a todas as outras autoridades que a cidade de Quelimane foi ganha pela Renamo e não há nenhuma dúvida que isso tenha acontecido. É uma forma de manifestarmos o nosso descontentamento com que o STAE e a CNE fizeram aqui”, afirmou uma simpatizante da Renamo.
A Frelimo, partido que apoia o Governo em Moçambique, ganhou, segundo os resultados intermédios das comissões distritais de eleições, em 64 dos 65 municípios que foram a votos no dia 11 deste mês para a escolha dos governantes locais para os próximos cinco anos.
Apesar da contestação da oposição, a Frelimo organizou, no sábado, uma marcha, em Maputo para reivindicar que a Frelimo “continua na moda“, nas palavras de um dos simpatizantes presentes na marcha.
No meio de milhares de simpatizantes da Frelimo, que tomaram a avenida das Forças Populares de Moçambique, Francisco Raso quer acreditar que”o povo está satisfeito com os resultados da Frelimo“:
“A Frelimo é um partido da vanguarda e estamos aqui, como jovens, para dizer que vencemos”, realçou.
No distrito da Matola, por exemplo, o Tribunal Judicial ordenou uma recontagem de votos em todas as mesas das assembleias de voto da cidade, considerando provadas as irregularidades do apuramento.
A Comissão de Eleições da Cidade de Matola reagiu, defendendo que o Tribunal Judicial não tem competência para ordenar a recontagem de votos. ANG/Angop