ONU destaca que formação de agentes de investigação criminal da PJ demonstra compromisso do pais de combater ameaças à segurança nacional
(ANG) – A Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau disse que a formação dos agentes de investigação criminal da policia Judiciária, hoje iniciada, é demonstração concreta do compromisso do pais de combater as ameaças à segurança nacional e regional, e ainda a promoção de um ambiente de confiança e estabilidade.
Geneviève Boutin que falava, esta segunda-feira, na cerimónia que assinalou o início de formação dos 100 agentes de investigação criminal da PJ, afirmou que a Guiné Bissau enfrenta desafios significativos que vão desde o crime transnacionais até as limitações de recursos e capacidades institucionais.
Destacou que o país adquire resiliência e potencial através de incitativas como esta, que reforçam a capacidade da PJ para enfrentar as ameaças à segurança nacional e regional.
Boutin enalteceu a importância do evento, não só para os formados, mas também pelo impacto transformador que terá sobre a capacidade institucional da PJ e, consequentemente, sobre a segurança e estabilidade da Guiné Bissau.
Este curso, de acordo com a Geneviève Boutin, reflete uma visão partilhada entre as Nações Unidas e as autoridades da Guiné-Bissau de que a construção de um futuro mais seguro e sustentável depende de instituições sólidas, responsáveis e com profissionais bem preparados.
Geneviéve sublinhou que o Sistema das Nações Unidas, no comprimento das suas missões e em estreita colaboração com as instituições nacionais e internacionais, tem apoiado a Guiné-Bissau
na implementação de iniciativas para fortalecimento do Estado do Direto e das instituições de Justiça e Segurança.
O Embaixador de Portugal destacou a capacitação e o empenho conjunto feito para a qualificação dos recursos humanos da Polícia Judiciária da Guiné Bissau, por forma a adaptar esta força a um país que quer ser democrático, desenvolvido, respeitador dos direitos fundamentais, mas também capaz de fazer face aos desafios críticos .
Miguel Cruz Silvestre disse que a presença do chefe de estado é essencialmente simbólica, por que reconhece que a missão da PJ não é uma mera tarefa administrativa, circunscrita à um sector ou alguns agentes do Estado envolvidos na garantia da justiça.
“Garantir a segurança é missão soberana de um Estado, mas é uma missão essencial para todos os guineenses. Guineenses homens e mulheres que acompanham com crescente exigência e escrutina a actividade dos agentes do Estado, más também com elevada espectativa na liberdade, na justiça, na segurança e no bem estar das famílias nos centros urbanos e nas zonas rurais, no litoral ou no interior”, afirmou.
Acrescentou que a segurança é uma componente indispensável para o desenvolvimento económico. E diz que não existe nenhum turista que não analise e não se preocupe com a segurança no país do seu destino turístico. “Não há qualquer investidor externo que não se interrogue, que não inquiete com a segurança interna do país destinatário dos seus investimentos”, disse acrescentando, “ dos níveis de criminalidade, as resposta das autoridades e a capacidade de atuação das forças de segurança e do sistema da justiça são informações recorridas no mundo dos negócios”.
Miguel Cruz Silvestre afirmou que a Guiné-Bissau deseja uma PJ que possa estar sempre em condições de cumprir a sua missão de garantir a segurança um quadro do estado de direto nos tempos de maior criminalidade.
“A PJ necessita sempre ao dispor, em permanência, de meios operacionais eficazes qualificados e atualizados para poderem responder as exigências constitucionais e da segurança aos guineenses”, disse o Diplomata Português na Guiné Bissau.
Miguel Silvestre afirmou que a liberdade é algo que faz hoje parte intrínseca da vivencia cultural. “Queremos segurança na liberdade e liberdade com segurança e a segurança que nos garanta a liberdade”, disse.
O Embaixador de Portugal disse que os desafios são prementes e permanentes e exigem uma resposta do Estado que seja duradouro e coerente, num quadro democrático e de diálogo para que a ação da PJ seja pautada sempre pelo rigor e pela isenção, assente no respeito ao primado da lei e do direto. ANG/LPG//SG