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Rússia/Bolsa de Valores suspende transacções em euros e dólares após novas sanções dos EUA

Rússia/Bolsa de Valores suspende transacções em euros e dólares após novas sanções dos EUA

(ANG) – A Bolsa de Valores de Moscovo suspendeu hoje as transacções em euros e dólares, na sequência das novas sanções impostas pelos Estados Unidos, uma medida susceptível de preocupar parte da população num momento de incerteza económica.

“Devido à introdução de medidas restritivas pelos Estados Unidos contra o Moscow Exchange Group, as transacções em divisas e a liquidação de instrumentos em dólares e euros serão suspensas”, anunciou o banco central da Rússia num comunicado emitido na quarta-feira à noite e citado hoje pela agência Lusa.

Esta decisão diz apenas respeito à Bolsa de Moscovo – os russos poderão continuar a efectuar transacções em dólares e euros nos bancos do país – mas poderá conduzir a uma maior volatilidade das taxas de câmbio.

Depois de terem sofrido os efeitos de várias desvalorizações desde a queda da União Soviética, muitos russos preferem poupar em divisas ocidentais e vender rublos em períodos de crise económica.

Muitas empresas e bancos russos já reduziram a sua dependência das moedas ocidentais nos últimos dois anos, com o yuan chinês a representar agora a maioria das transacções em moeda estrangeira na bolsa de Moscovo.

Esta manhã, os bancos russos apresentavam diferenças de três a 10 rublos entre os preços de compra e venda das moedas.

Num aparente pânico após o anúncio das sanções americanas na quarta-feira, alguns bancos aumentaram temporariamente as suas taxas de câmbio para 200 rublos por dólar, em comparação com os 89 rublos fixados pelo banco central antes do anúncio.

A Rússia prometeu responder às sanções dos Estados Unidos, mas não especificou de que forma.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira novas sanções para travar o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia e pressionar as instituições financeiras que lidam com a economia russa.

A nova vaga de sanções foi anunciada na véspera do início da cimeira do G7, grupo que reúne as sete democracias mais ricas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia).

As medidas do Departamento do Tesouro e do Departamento de Estado norte-americanos dizem respeito a mais de 300 entidades localizadas na Rússia e em países como a China, a Turquia e os Emirados Árabes Unidos.

A decisão de Washington inclui a Bolsa de Moscovo e várias filiais, com o objectivo de dificultar transacções no valor de vários milhares de milhões de dólares, bem como entidades envolvidas em três projectos de gás natural liquefeito. ANG/Angop

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