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Rússia/Putin exclui invadir Polónia ou Letónia

Rússia/Putin exclui invadir Polónia ou Letónia

(ANG) – O presidente russo, Vladimir Putin, afastou a possibilidade de invadir
a Polónia ou a Letónia, durante uma entrevista ao apresentador norte-americano Tucker
Carlson, divulgada na quinta-feira, uma vez que a Federação Russa “não tem interesses”
nesses Estados, anunciou a Agência France Presse (AFP).

“Não temos interesses na Polónia, na Letónia ou algures. Porque é que faríamos isso.
Simplesmente não temos qualquer interesse nisso. Está fora de questão”, respondeu Putin à
questão “Imagina um cenário em que o senhor envia tropas russas para a Polónia”.
Sobre a Ucrânia, Putin afastou totalmente a possibilidade de derrota russa no Estado vizinho
que invadiu, considerando-a “impossível, por definição”.
Como disse. “Há vociferações para infligir uma derrota estratégica à Rússia no campo de
batalha. Na minha opinião, é impossível, por definição. Isso nunca acontecerá”.
A propósito de esta guerra, assegurou que existe um número indeterminado de “mercenários
dos EUA”, que disse constituírem o segundo grupo mais numeroso destes combatentes, depois
dos polacos e à frente dos georgianos.
Putin disse também que o envio de soldados regulares dos EUA para combaterem na Ucrânia
“colocaria a Humanidade à beira de um conflito global muito sério”, em resposta ao apelo do
líder dos democratas no Senado norte-americano, Chuck Schumer, para reforçar a ajuda ao
país invadido.
“Vocês têm problemas nas fronteiras com a imigração, problemas com a dívida de mais de 33
mil milhões de dólares. Não têm nada melhor para fazer. Não seria melhor negociar com a
Rússia para chegar a um acordo”, prosseguiu.
Ainda sobre a Ucrânia, Putin disse que está pronto para negociar, mas que o presidente
ucraniano, Volodimir Zelenski, “assinou um decreto que proíbe a negociação com a Rússia
porque obedece a instruções dos países ocidentais”.
Por outro lado, sobre os EUA, Putin afastou a ideia de que a relação bilateral dependa de uma
mudança na Presidência norte-americana, contrapondo que tem mais a ver com “a ideia de
dominação” que os EUA têm do mundo.
Como disse. “Não se trata de quem é o líder ou da personalidade de uma pessoa em concreto,
mas das elites. É a ideia de dominação a todo o custo baseada nas forças dominantes da
sociedade norte-americana”.

Reconheceu que teve uma boa relação com George Bush Jr, “e também essa relação pessoal
com Donald Trump”.
Ao refletir a seguir sobre os EUA, apontou. “É um país complexo. Conservador, por um lado,
mas em rápida mudança, por outro. Não é fácil compreendê-lo”.
Em particular, sobre o sistema eleitoral, questionou. “Quem toma as decisões nas eleições.
Pode entender-se que cada Estado tenha as suas leis. Que se regule por sua conta”.
Putin pronunciou-se ainda sobre Elon Musk, que considerou uma pessoa e um empresário
“imparável” e advogou um “acordo internacional” para regular a inteligência artificial (IA).
Sobre este assunto, Putin opinou que a investigação genética é uma ameaça para a
Humanidade, até ao ponto em que “agora é possível criar um super-humano”, e depois
comentou que Musk “já implantou um “chip” no cérebro humano nos EUA”.
A propósito, comentou. “Creio que Elon Musk é imparável. Fará o que considere necessário.
Não obstante, têm de encontrar uma base comum com ele. Encontrar formas de o persuadir.
Creio que é uma pessoa inteligente. A sério. Mas precisam de chegar a um acordo com ele,
porque esse processo precisa de ser formalizado e sujeito a certas regras”.
Putin disse ainda que se pode fazer “uma previsão aproximada do que se vai passar” com o
desenvolvimento da genética e da IA, recordando o caso das armas nucleares, que
progrediram até que os Estados entenderam que o seu uso negligente poderia levar +a
extinção e acordaram travá-las.
“É impossível parar a investigação na genética, tal como era impossível parar o uso da pólvora
no passado, mas quanto antes nos dermos conta que a ameaça vem do desenvolvimento
incontrolado da IA, da genética ou de qualquer outro campo, será a altura de alcançar um
acordo internacional sobre a regulação dessas coisas”, acrescentou.

Tucker Carlson é um polémico conservador e ex-apresentador da Fox News, próximo do ex-
presidente Donald Trump, a quem apoia nas próximas eleições presidenciais norte-americanas.

A entrevista foi transmitida no espaço próprio que Carlson tem agora na internet. ANG/Angop

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