Senegal/Empregadores apoiam política de soberania alimentar do Governo
(ANG – A Confederação Nacional dos Empregadores do Senegal (CNES) decidiu apoiar a política de soberania alimentar do governo, com base num memorando de entendimento que assinou terça-feira em Dakar, com o Ministério da Agricultura e responsável pela Indústria e Comércio.
O presidente do CNES, Adama Lam, apelou ao aumento da produção agrícola e à construção de câmaras frigoríficas para uma boa conservação dos produtos.
”Pedimos ao Ministério da Agricultura, Segurança Alimentar e Pecuária, e ao Ministério da Indústria e Comércio, que permitam ao sector privado investir […] na resolução do défice de produção alimentar e no armazenamento de produtos agrícolas,” .Lam disse.
Segundo o presidente do CNES, o governo, com base no memorando de entendimento, vai disponibilizar terras aos membros desta organização patronal, para lhes permitir contribuir para a política de soberania alimentar do Estado.
Em troca dos terrenos colocados à disposição dos seus associados, o CNES, uma das principais organizações patronais do país, vai instalar câmaras frigoríficas em diversas regiões do país para facilitar o armazenamento de produtos agrícolas, disse o seu presidente.
”Estamos registrando perdas pós-colheita significativas, em torno de 30%. Perdemos 100.000 toneladas de cebola todos os anos e gastamos 45 mil milhões de francos CFA para importar o mesmo produto”, disse Serigne Guèye Diop, Ministro da Indústria e Comércio, para mostrar quão importante é a conservação.
As importações de produtos agrícolas custam ao Senegal cerca de 1 bilião de francos CFA por ano, segundo Diop.
A construção de câmaras frigoríficas reduzirá consideravelmente as perdas de colheitas, garantiu. ANG/FAAPA