Senegal/Presidente Sissoco Embaló pede preservação da paz aos senegaleses
(ANG) – O Presidente Umaro Sissoco Embaló, defendeu, em Dakar, que a
paz no Senegal “é muito importante” para a Guiné-Bissau e para a própria sub-região e pediu
que seja preservada pelos senegaleses.
Sissoco Embaló deslocou-se quinta-feira ao Senegal, palco de violentas manifestações pelas
ruas da capital, Dakar, de opositores ao presidente deste país, Macky Sall, que na segunda-
feira, anunciou o adiamento das eleições presidenciais, que deveriam ter lugar no próximo dia
25.
A oposição, que se tem confrontado nas ruas de Dakar com as forças de ordem, considera a
decisão de Sall, “uma manobra para se manter no poder” já que, formalmente, não pode
concorrer a um terceiro mandato.
“A paz no Senegal é muito importante para a Guiné-Bissau, a Gâmbia é a nossa sub-região. É
por isso que vim ver o Presidente Macky Sall e apoiar o povo senegalês”, afirmou Sissoco
Embalo, em declarações aos jornalistas.
O Presidente guineense observou que o adiamento das eleições, que consequentemente fará
com que Macky Sall se mantenha na presidência do Senegal até Dezembro, “não é uma
situação atípica”.
“Nós na Guiné-Bissau já passámos por isso em que o Parlamento votou a sua extensão de
mandato para que possamos realizar as eleições. É muito normal, é constitucional no nosso
país”, defendeu Embaló.
O Presidente guineense ressaltou, contudo, que não se encontra no Senegal “enquanto
mediador, mas como um irmão”, que está aberto para falar com todas as partes, inclusive os
opositores do seu “irmão mais velho”.
“Sou um irmão do Senegal. A estabilidade do Senegal é a estabilidade de África”, destacou
ainda o chefe de Estado guineense para reforçar que naquele país o diálogo sempre
prevaleceu, “em vez de pegar em armas”.
Sissoco Embaló notou que “é muito importante” que os senegaleses preservem esse espírito
num país que caracterizou como “modelo da democracia”.
“O Senegal é um país modelo de democracia de quem nós dissemos que em 60 anos de
independência teve apenas quatro chefes de Estado e nenhum deles foi chefe de Estado de
transição”, acrescentou Embaló. ANG/Angop