Timor/ Governo quer cooperação internacional para combater alterações climáticas
(ANG) – O presidente timorense, José Ramos-Horta, defendeu hoje o reforço da cooperação internacional para o combate às alterações climáticas.
Salientando que países pequenos como Timor-Leste, não podem enfrentar desafios sozinhos.
“As alterações climáticas são uma catástrofe global, que exige uma resposta global, mas nações pequenas como Timor-Leste não podem enfrentar este desafio existencial sozinhos”, afirmou José Ramos-Horta.
O chefe de Estado timorense falava numa palestra, organizada pela Presidência timorense sobre alterações climáticas, realizada no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Díli, e que juntou membros do Governo, parlamento, corpo diplomático, representantes de organizações internacionais e sociedade civil.
Precisamos de uma cooperação internacional reforçada, da transferência de tecnologia, do desenvolvimento de capacidades e do apoio financeiro para aumentar a resiliência, impulsionar os esforços de mitigação e adaptar-nos aos impactos inevitáveis que se avizinham”, salientou o Presidente timorense, citado num comunicado da Presidência divulgado à imprensa.
Na sua intervenção, José Ramos-Horta defendeu igualmente que Timor-Leste precisa de “tomar mais medidas” e promover as “energias renováveis”, aumentar as iniciativas de reflorestação, proteger os parques nacionais e apoiar programas florestais comunitários.
O prémio Nobel da Paz defendeu também a necessidade de uma estratégia de combate às alterações climáticas “coordenada”, envolvendo o Governo, os parceiros de desenvolvimento, a sociedade civil, os académicos, o sector privado e as comunidades para promover infra-estruturas e cidades resilientes em todo o país.
Apesar de Timor-Leste contribuir muito pouco com emissões globais de carbono, é um dos países mais afectados pelos efeitos das alterações climáticas, chuvas irregulares, estações secas mais longas e tempestades, como o ciclone tropical que atingiu o país em 2021.
Segundo dados de organizações internacionais, esses impactos atingem as pessoas mais pobres e as comunidades mais vulneráveis, incluindo mulheres, agricultores, pessoas com deficiência e pessoas que vivem em zonas de risco. ANG/Angop