Ucrânia/Europol identifica mais de 650 mercenários russos acusados de crimes de guerra
(ANG) – A Europol identificou hoje cerca de 654 alegados combatentes das companhias militares privadas russas Wagner e Redut acusados de crimes de guerra, incluindo execuções de civis e violência sexual durante a invasão russa da Ucrânia.
A operação, levada a cabo pelas polícias moldava e ucraniana com o apoio da Equipa Central de Crimes Internacionais da Europol, permitiu reconstruir parte das redes de recrutamento e de comando dos dois grupos, que também estiveram presentes noutros conflitos, como o da República Democrática do Congo.
Os suspeitos incluem cidadãos da Ucrânia, Moldávia, Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Turquemenistão, Azerbaijão, Arménia e Bósnia-Herzegovina, indicou ainda a agência europeia.
Uma das empresas militares, o grupo Wagner ficou totalmente sob o controlo do Governo russo após a morte do seu líder, Evgeny Prigozhin em 2023.
O grupo foi desmantelado depois de Prighozin ter liderado em junho de 2023 uma revolta em que reuniu os seus mercenários com o objetivo de marchar até Moscovo.
Embora tenha sido desmantelado, no continente africano o grupo foi substituído pelo chamado ‘Africa Corps’, mantendo as suas tropas e respondendo diretamente ao Kremlin.
Na Ucrânia, os mercenários foram acusados por diversas vezes de crimes de guerra.
Já o Redut é outro grupo de mercenários que recruta sobretudo ex-militares russos para as suas fileiras e faz parte das organizações militares alvos de sanções por parte da União Europeia.ANG/Lusa