Dia Mundial do Animal/DG da Pecuária critica que 90 por cento dos guineenses “maltratam” animais de estimação
(ANG) – O Diretor-geral da Pecuária, Bernardo Cassamá disse que 90 por cento dos guneenses “maltratam”, os animais de estimação e os adquirem somente para os ter e mais nada.
Em entrevista exclusiva à ANG sobre o Dia Mundial do Animal que se celebra hoje, Cassamá disse que os homens e os animais têm uma relação de interligação.
Disse que a data deve servir de reflexão para que as pessoas repensem as formas de tratar os animais de companhia, aconselhando as pessoas para não adquirirem os animais sem que tenham as condições mínimas para os tratar.
“A titulo de exemplo, muitas pessoas têm caês, gatos ou galinhas em casa mas não os vacinam alegando falta de dinheiro. Esquecem que estes animais convivem com os seus filhos, pelo que há grandes riscos desses animais transmitirem doenças aos seus filhos”, frisou.
O Director-geral da Pecuária salientou que, em muitas ocasiões, as crianças contraem doenças que os pais desconhecem, acrescentando que, as vezes essas doenças são causados pelos animais que deixamos abandonados nas ruas, comendo nas lixeiras e trazem doenças e contaminam os nossos filhos em casa.
Bernardo Cassamá referiu que em muitos países existem leis camarárias que determinam regras de tratamento de animais, defendeu que alí os animais não são abandonados, tal como acontece na Guiné-Bissau.
Aquele responsável recomenda aos donos de animais domésticos para gastarem pelo menos 15 a 20 mil francos cada ano para aquisição de produtos de tratamento dos seus animais de estimação.
Destacou que os cães desempenham um papel de segurança em casa e que por isso devem ser bem tratados.
“Os animais que temos em casa, principalmente os cabritos, carneiros e vacas devem ser bem tratados para que depois de sacrificados para o nosso consumo, possamos comer carnes saudáveis”, sublinhou.
Disse que os animais domésticos devem ser tratados como os nossos filhos que necessitam de cuidados com alimentação, roupas, escolas entre outros, até a fase adulta.
Acrescentou que da mesma forma, os animais devem merecer o mesmo trato, para depois beneficiarmos do seu rendimento, se for o caso de cabrito, beneficiamos de leite, o porco e vaca de carne e pele, etc.
“Por isso, o Dia Mundial do Animal deve servir de reflexão para que as pessoas começassem a pensar no bem estar animal. Por isso é que existe a Organização Mundial da Saúde Humana e da Saúde Animal, e que zelam e criam todas as normas internacionais e nacionais para que as pessoas possam conviver com os animais”, disse.
Segundo Cassamá, o Dia Mundial do Animal, começou a ser celebrado desde 1925, e a partir de 1930 começou a ser celebrado pela Igeja Católica, em comemoração da morte de São Francisco de Assis que é um Santo protector de animais.ANG/ÂC//SG