Transportes/Grupo Santy Olding vai financiar estudo de viabilidade para construção de novo porto de águas profundas em Pikil
(ANG) – O Governo, através do Ministério dos Transportes, Telecomunicações e Económia Digital e o Grupo Santy Olding assinaram, esta sexta feira, um acordo de financiamento de estudos sobre a viabilidade de construção de novo porto de águas profundas, em Pikil, na região de Biombo.
A convenção foi assinado pelo Ministro dos Transportes, Telecomunicações e Económia Digital, José Carlos Esteves e pelo Adminstrador do Grupo Santy Olding na Guiné Bissau, Santiago Hanna Mendoza, na presença do ministro das Pescas, Mário Mussante da Silva.
O conselheiro do Ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital,para àreas Maritimo e Portuário, Pedro Tipote disse que o Executivo tomou esta medida, porque o porto de Bissau já não tem condições para satisfazer as embarcações que vêm para o país, quer em termos logisticos quer em termos operações portuárias.
“O Porto de Bissau – o cais comercial, foi projetado para receber cinco mil contentores anuais,mas com a tendência da exportação, sobretudo do nosso produto interno, a castanha de caju, subiu para 40 mil contentores”, revelou.
Acrescentou que, querendo resolver esta situação, o Governo decidiu avançar com a construção de um porto de águas profundas que vai ofercer outra caracteristica, por isso se procedeu a assinatura do acordo para realização do estudo de viabilidade com o Grupo Santy Olding.
O estudo , diz Tipote, vai contemplar a viabilidade técnica e financeira, o pacto ambiental e social, um anti projecto detalhado de implementação das infra-estruturas, incluindo a construção de uma doca,bem como um estudo preliminar para requalificação e reconverção do Porto de Bissau,para melhor utilização das infraestruturas portuarias.
Pedro Tipote acrescentou que em termos geográficos é preciso ter um plano diretor para a implementação do próprio projecto que abrangerá Quinhamel até Pikil .
O ministro dos Transportes, Telecomunicações e Económia Digital José Carlos Esteves disse ser um ato importante e estratégico para o setor marítimo portuário.
Destacou que o Governo, com o financiamento do Banco Mundial elaborou recentemente um plano nacional, que já está na fase final, de transporte e logístico, que define as estratégias para o desenvolvimento no domínio portuário, aéreo, terresstre e as infra estruturas que alavancam as actividades de transporte.
“Hoje estamos perante o constrangimento de infra-estruturas portuárias que permitam a dinamização do abastecimento das zonas de concentração urbana”,reconheceu José Carlos Esteves.
Disse que o Porto de Bissau, pela sua posição estratégica, não favorece grande atração de actividade marítima, por estar num canal de navegação ameaçado de assoriamento, restrição de sinalização, que põe em causa a segurança de navegação marítima, e que reflete no frete e no custo de seguro das embarcações.
José Carlos Esteves esclareceu que apesar de Biombo ser beneficiário do porto comercial para abastecer a cidade de Bissau, o Governo mantém o seu interesse relativamente ao porto de águas profundas de Buba, cujo o estudo está em curso e que após sua conclusão será lançado o processo de mobilização de parceiros para sua construção, tendo em conta o potencial mineiro da zona sul do país..
O governante assegurou que aposta na construção do novo porto na região de Biombo, demonstra que a economia depende da importação e exportação e diz que a crise internacional reflete diretamente no preço dos produtos da primeira necessidade.
Relacionou a construção do Porto de Pikil com a necessidade de redução dos custos de Seguros das embarcações e da operação portuária, e diz que a medida terá um impacto positivo na vida económica e social e na redução dos custos dos produtos de primeira necessidade.
O Plano Diretor de Biombo, segundo José Carlos Esteves, prevê a preservação do terrenos de Quinhamel até Pikil para atividades Industriais, por forma a evitar ocupações ilegais que geram conflitos.
Acrescenta que, por isso, todas as ocupações que se vão fazendo nesta zona têm que obedecer orientações do Estado, dando prioridade as infraestruturas de dominio público de apoio aeroportuário.
Anunciou na ocasião o lançamento de um concurso, num futuro próximo, para requalificação do Porto de Pindjiguiti.
O administrador do Grupo Santy Olding, Santiago Hanna Mendoza disse que a grupo está ciente das dificuldades de infraestruturas portuárias na Guiné-Bissau , que atrasam o desenvolvimento económico do país.
Declarou que, por isso, o grupo está disponivel para relaizar o estudo para desenvolver a economia, visto que, diz, “os portos são braços de qualquer nação que exporta a sua capacidade económica, mas também cultural para o resto do mundo”.
Santiago Hanna Mendoza disse que dentro de duas semanas os técnicos vão chegar para a realização, num período de seis meses, dos estudos de viabilidade visando a construção do novo porto de águas profunda no país. ANG/LPG//SG