Caju/”Governo tem estado a trabalhar no sentido de viabilizar a campanha de 2024”, revela o prirmeiro-ministro
(ANG) – O Primeiro-ministro Rui Duarte Barros disse que o Executivo tem estado a trabalhar para viablizar a campanha de comercialiação da castanha de caju do presente ano.
O Primeiro-ministro falava, hoje, na cerimónia da abertura oficial da campanha de comercialização e exportação da castanha de caju/ 2024, realizada nas instalações de Arrey África, sita em João landim, região de Cacheu, norte do país.
“A castanha de caju é crucial para a economia do nosso país, pelo que o Governo tem estado a trabalhar no sentido de viabilizar a campanha de 2024, salvando assim milhares de guineenses que dependem desta cultura”, salientou.
Rui Barros destacou que, cerc
a de 85 por cento da população depende da castanha de caju para a sua subsistência, e o combate a pobreza no mundo rural.
Sublinhou que a castanha de cajú tornou-se o principal produto de exportação do país, de 1996,desempenhando um papel crucial na formação do Pruduto Interno Bruto(PIB)
“O grande desafio neste setor para o nosso país é a valorização local do produto, antes de exportação, ou seja, a transformação de parte da produção anual em produtos processados, para aumentar o rendimento gerado pelo caju”, frisou.
O primeiro-ministro disse que, por isso o Executivo almeja uma verdadeira revolução neste setor , apostando não só no reordenamento das plantações, mas também na transformação local, evitando incertezas que advém da sua comercialização no exterior.
“Por exemplo, quando o mercado estiver bom, em termos do preço ao produtor, todos os transformadores choram, e no ano em que o preço ao produtor for mau, todas as pessoas pensam na transformação”,disse Rui Duarte Barros.
O ministro do Comércio e Indústria, Orlando Mendes Viegas sublinhou na cerimónia que a presente campanha, que decorre sob o lema: “Tolerância Zero ao Contrabando”, representa um desafio para todos, na medida em que o sucesso dela depende de uma fiscalização aturada e consequente, que cobre as etapas que vão desde a produção, passando pela intermediação até a exportação.
Mendes Viegas afirmou que esta tarefa só será uma realidade se a população, as autoridades locais e os atores da fileira de caju assumirem, plenamente, as suas responsabilidades.
“As campanhas dos anos anteriores não tiveram grandes êxitos, por várias razões. Os seus resultados deixaram sequelas na economia e na vida quotidiana da população”, salientou.
O governante sublinhou que a lição que se tirou dessas campanhas motivou grandes reflexões, promovidas pelo Governo, particularmente a Presidência da República, os Ministérios do Comércio, da Economia, das Finanças, da Agricultura e dos Transportes, numa abordagem participativa com o setor privado e todos os atores concernentes.
“É importante sublinhar que em 2023, a previsão de exportação que estava fixada em 226 mil toneladas não foi alcançada, tendo sido registada a exportação de 170 mil toneladas, registando um défice na ordem de 56 mil toneladas”, disse.
Orlando Mendes Viegas anunciou que a previsão de exportação para a presente campanha é de cerca de 200 mil toneladas.
A campanha de comercilaização da castanha de caju traduz-se na compra da castanha pelos intermediários junto dos produtores, e os intermediários a vendem aos exportadores.
A Índia tem sido o maior comprador da castanha da Guiné-Bissau , mas o Governo tem diligenciado outros compradores, nomeadamente a China. O Governo fixa para este ano como preço base de compra da castanha junto ao produtor, o valor de 300fcfa, o quilo.ANG/ÂC//SG