Campo de Tarrafal / PR considera festejo de 50 anos da libertação dos presos politicos como uma justa homenagem a todos aqueles que contribuiram para reforço do nacionalismo africano
(ANG) – O Presidente da República considerou que as celebrações dos 50 anos da libertação dos presos políticos do Campo de Tarrafal, em Cabo Verde, é uma justa homenagem a todos aqueles que contribuiram para o reforço do nacionalismo africano.
Sissoco Embaló falava em Cabo Verde, onde assistiu as comemorações do 50.º aniversário de libertação dos presos políticos do Campo de Concentração de Tarrafa, à convite do seu homólogo cabo-verdiano,José Maria Neves.
Qualificou o evento de resgate da memória e de exercício de reflexão que vai ser seguramente um momento de homenagem à centenas de portugueses, angolanos, guineenses e cabo-verdianos que passaram anos encarcerados no Campo de Concentração do Tarrafal, conhecido como um campo de “morte lenta e um lugar de sofrimento”, no qual muitos perderam a vida.
“Nestecampo de concentração, além de estar representada sucessivamente a memória de um portugal amordeçado a memória do anti facismo e da aspração da democracia que animou tanto os portugueses contra a ditadura , também encontramos no Tarrafal a representação da memória histórica do nacionalismo dos africanos, dos angolanos e dos guineenses, que se ergueram pela libertação nacional dos seus povos contra o império colonial português”, afirmou o Presidente guineense.
De acordo com o Chefe de estado guineense, Tarrafal representa ainda algo que foi essencial para a luta dos povos, a consciência da solidariedade estrutural e anti facista e anti colonialistas contra a ditadura em Portugal e o império colonial.
Lembrou no evento os compatriotas guinneeses que perderam vida, nomeadamente Cutubó Cassamá e Abiela Na Bué, que seriam sepultados no cemitério deste campo de trabalho de Chão Bom.
Umaro Sissoco Embalò acrescentou que apesar disso há quatro guineenses sobriviventes da prisão de Tarrafal,todos eles já bastante idosos e diz que, com muito prazer, integrou um deles na sua delegação, o guineense Mário Soares, que passou sete anos nesse campo de trabalho de Chão Bom.
O Presidente da República,em nome do povo guineense, rendeu homenagem à todos os combatentes da liberdade de Angola,Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal. ANG/LPG//SG