
CEDEAO /Retirada de Burkina Faso, República do Mali e República do Níger da organização entra hoje em vigor

(ANG) – A Comunidade dos Estados da Africa Ocidental CEDEAO informou, em comunicado à imprensa que a retirada de Burkina Faso, República do Mali e República do Níger da CEDEAO entrou em vigor hoje, 29 de Janeiro de 2025.
Por via desse comunicado a que ANG teve acesso hoje, a organização sub regional declara que no espírito da solidariedade regional e no interesse das pessoas, bem como na decisão da Conferência da CEDEAO, decide manter as suas portas abertas.
Por isso, solicita à todas as autoridades relevantes dentro e fora dos Estados membros da CEDEAO a reconhecerem os passaportes e carteiras de identidade nacionais com logo da CEDEAO dos cidadãos de Burkina Faso, República do Mali e República do Níger até segunda ordem.
A organização regional recomenda aos estados membros a continuidade de tratamento do bens e serviços provenientes dos três países, de acordo com o Esquema de Liberlização do Comércio da CEDEAO (ETLS) e da politica de investimento.
Indica que ainda vai permitir até a segunda ordem que os cidadãos dos três países continuassem a usufruir do direito de livre circulação, residência e estabelecimento com isenção de visto, de acordo com os protocolos da CEDEAO, e fornecer
total apoio e cooperação aos funcionários da CEDEAO dos três países no decorrer de suas tarefas para a Comunidade.
O comunicado da CEDEAO refere que essas disposições estão em vigor até a determinação completa das modalidades do futuro compromisso da organização com os três paises, pela Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da organização.
A Comissão criou uma estrutura para facilitar as discussões sobre essas modalidades com cada um dos três países.
« Essa mensagem é necessária para evitar confusão e transtornos na vida e nos negócios de nosso povo durante esse período de transição », lê-se no comunicado.
O Burkina Faso, República do Mali e Niger, países governados por militares, e não reconhecidos internacionalmente, desde 2024, decidiram retirar os seus países com efeito imediato da CEDEAO, devido as sanções impostas e a codenação dos golpes de Estadosnos respetivos países.
No entender dos três lideres militares desses países, ao fim de 49 anos, os povos de Burkina Faso, Mali e Níger, constatam, com pesar e grande deceção, que a CEDEAO se afastou dos ideais que nortearam a sua criação e do espirito pan-africanismo. ANG/LLA//SG