Clima/“Crise existencial” do mundo no centro da COP 16
(ANG) – A Conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade(COP 16), que decorre em Cali, na Colômbia encerra esta sexta-feira.
Esta semana, O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou que o mundo vive uma “crise existencial”, numa altura em que os líderes mundiais divergem sobre como distribuir o dinheiro para salvar o planeta.
A COP 16 tem como objetivo estabelecer mecanismos para financiar e implementar as 23 metas de conservação da natureza determinadas na anterior cimeira, no Canadá.
Há dois anos, os líderes mundiais prometeram colocar um terço das terras e dos mares em áreas protegidas, reduzir pela metade os riscos dos pesticidas, baixar em 500 mil milhões de dólares por ano os subsídios nefastos que estimulam a agricultura intensiva e as energias fósseis.
O acordo previa, ainda, aumentar para 200 mil milhões de dólares as despesas anuais destinadas à natureza, com os países ricos a comprometerem-se a chegar aos 30 mil milhões de dólares em 2030. O problema é como mobilizar e distribuir o dinheiro. Os países em desenvolvimento defendem a criação de um novo fundo gerido pela COP que lhes seja mais favorável e acessível, os países ricos dizem que é contraprodutivo porque já há outros fundos multilaterais.
E assim o mundo vai vivendo numa “crise existencial” e o planeta vai sendo destruído. O alerta foi dado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Cada dia perdemos mais espécies. Cada minuto vertemos um camião de lixo de plásticos nos nossos oceanos, rios e lagos. Não se enganem, estamos perante uma crise existencial.
O tempo urge. A COP 16 termina esta sexta-feira e os prognósticos apontam para um prolongamento até sábado. A maior conferência internacional sobre a natureza, juntou 23.000 pessoas e transformou Cali numa grande assembleia popular em torno da natureza, apesar da ameaça da guerrilha colombiana. ANG/RFI