Conflito de Djaal/Deputado mediador Marciano Indi confiante num entendimento entre partes
(ANG) – O deputado da Nação e da CEDEAO eleito no circulo 10 pela Coligação PAI-Terra Ranka, Marciano Indi disse ,hoje, estar confiante na resolução do conflito sobre posse de terra que envolve duas famílias das tabancas de Djaal de Baixo e da Ponta Nduta, no Setor de Safim, Região de Biombo.
Marciano Indi fez estas afirmações à ANG, ao falar na qualidade de um dos mediadores, das negociações em curso, com vista a resolução do diferendo que provocou uma vítima mortal e vários feridos, no passado dia 18 de Abril.
“Esta situação preocupa o Estado por isso o Comité de Estado do Setor de Safim também está envolvido nas negociações, na pessoa do seu Administrador, João Arlete. Juntos, desde o primeiro dia, estamos a fazer trabalhos junto das duas comunidades, com o apoio do Ministério do Interior, da Administração do Território e da Defesa que mobilizaram Forças de Segurança para prevenir mais estragos”,informou.
Para o deputado, é urgente haver uma reconciliação entre as partes para se evitar mais danos, e Indi diz que os encontros com as partes está a ter resultados satisfatórios.
“Já reunimos com lideres de opiniões, comités de tabancas, representantes de Régulos, entidades religiosas entre outras, e demonstraram que as duas tabancas são uma só família”, salientou Marciano Indi.
Marciano Indi contou que dois homens grandes, um de nome Nduta, da etnia Balanta e outro Nbusi, da etnia Papel, aliaram e fundaram as duas tabancas inclusive realizam cerimónias tradicionais juntas, por isso, diz, “hoje os seus filhos e netos não deviam estar em confrontos”.
Marciano Indi disse que se algo de errado está a acontecer no seio das referidas familias deve ser corrigido com diálogo, acrescentando que a população da Djaal de Baixo compreendeu que a ideia é boa e o entendimento e perdão deve reinar .
“Mostramos a eles que apesar das vitimas, sobretudo a mortal, são da tabanca de Djaal, não deve haver uma resposta na mesma moeda. Deve sim haver perdão para os irmãos da Ponta Nduta e vice-versa esquecendo todos os danos do passado que as duas partes sofreram”,disse Marciano Indi.
O deputado disse que, ainda na segunda-feira, mantiveram outro encontro com as pessoas da Ponta Nduta, que demonstraram a mesma disponibilidade, realçando que em encontros separados, a parte de Djaal sugeriu que o espaço em conflito seja dividido para as duas tabancas .
Indi disse que a sugestão vai agora ser submetida a mesa de megociações no Comité de Estado de Safim.
O deputado da CEDEAO defendeu que os políticos devem combater as “faíscas” de tribalismo no país .
“O problema de Djaal era entre duas familias, mas acabou por envolver toda a tabanca que até tempos atrás conviviam numa total harmonia e em prefeita sintonia.
“O Papel pode ir a cerimónia de circuncisão do Balanta e vice-versa, por isso, devemos fazer de tudo para não deixar que os interesses particulares ponham em causa a união entre os guineenses”,vincou Indi.
Uma pessoa morreu e várias outras ficaram feridas na sequência de confrontos, no passado dia 18 de Abril, entre aldeões de Djaal, comunidade habitada maioritariamente por indivíduos das etnias Balanta e Pepel.
ANG/MSC/ÂC//SG