Dia das Forças Armadas/Cidadãos dizem acreditar nas promessas dos militares de não se envolverem mais em alteração da Ordem Constitucional
(ANG) – Cidadãos guineenses presentes na cerimónia de comemoração do Dia da Independência e dos 59 anos das Forças Armadas Revolucionária do Povo(FARP) dizem ter confiança nas promessas feitas pelos militares de nunca mais se envolverem em alterações da Ordem Constitucional, por via das armas.
Em auscultações feitas, quinta-feira, pela repórter da ANG, Abibatu Djassi vendedeira, disse que quando ouviu as mensagens dos militares ficou emocianada porque não esperava ouvir tal promessa .
Satisfeita com a mensagem de que a arma “não cantará mais” na Guiné-Bissau, no âmbito de uma sublevação militar, pediu a todos para se empenhar para que a promessa pudesse ser uma relaidade.
Djassi pede aos políticos para se unirem e deixarem de puxa-puxa pelo poder e empenhar juntos na construção e desenvolvimento do país, principalmente o Presidente e o chefe de Governo.
Aminata Fofana, vendedeira de água, disse que está muito contente com o que viu durante a parada militar e diz que pelas mensagens deixadas pelos militares, acredita que nunca mais haverá golpe de estado na Guiné-Bissau.
Fofana disse que está feliz pelas obras de reabilitação da Avenida Amilcar cabral, e pediu a sua conservação.
O estudante Fidélis Pascoal Caetano disse que as mensagens dos militares deixa entender que há entendimento entre as Foças Armadas e o poder político.
Enalteceu a presença dos convidados vindos doutros países, e diz que isso demonstra que o país está estável e pode atrair investidores.
Dauda Sanó, funcionário público, disse que está bem claro na Constituição da República que os militares são obrigados a se submeter ao poder político, o que, segundo diz, ao longo dos 59 anos da existência das Forças Armadas no país não aconteceu.
Sustenta que as sucessivas subversões da ordem constitucional se deve a culpa do poder político. “O problema está nas organizações políticas e não nas Forças Armadas”, disse.
Sanó elogiou a reabilitação da Avenida Amílcar Carbral, frisando que é um orgulho para qualquer guineense, independentemente de quem patrocinou as obras ou quem está a frente do Estado.
A cerimónia comemorativa dos 50 anos da independência e dos 59 anos da criação das Forças Armadas foi marcada com a presença de sete chefes de Estado, dois vice-presidentes da República e quatro primeiros-ministros e o ato comemorativo ainda integrou desfiles de civis e militares. ANG/JD/ÂC//SG