Eurovisão/Participação de Israel gera polémica
(ANG) – A 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, terá lugar no sábado , em Malmo, na Suécia,num contexto de controvérsia em relação à participação de Israel num dos eventos mais vistos do mundo.
Eden Golan, artista de 20 anos que representa Israel, qualificou-se, nesta quinta-feira, para a final do Festival Eurovisão da Canção . A canção, Hurricane, inicialmente intitulada “October Rain”, teve de ser alterada varios meses atràs, devido às referências aos ataques de 7 de outubro perpetrados pelo HAMAS. De facto, as regras do concurso são claras, nenhuma mensagem politica é autorizada.
Na Suécia, cerca de 12 000 manifestantes protestaram na quinta-feira, 9 de maio, contra a participação de Israel no Festival Eurovisão da Canção, enquanto na Bélgica os sindicatos da estação de televisão flamenga VRT interromperam o programa das meias-finais durante alguns momentos. Podia ler-se um texto para justificar a acção do sindicato :”Esta é uma acção sindical. Condenamos as violações dos direitos humanos cometidas pelo Estado de Israel. Além disso, o Estado de Israel está a destruir a liberdade de imprensa. É por isso que estamos a interromper a emissão por um momento.”
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, referiu-se a Eden Golan: “Não só está a participar orgulhosa e admiravelmente na Eurovisão, como também está a enfrentar com sucesso uma horrível onda de anti-semitismo”.
No início da semana, o representante da Suécia, Eric Saade, interpretou a sua canção com um keffiyeh palestiniano à volta do braço, enquanto Magnus Bormark, membro do grupo Gate representente da Noruega, declarou que “tinha de haver manifestações, as pessoas têm de expressar as suas opiniões, as pessoas têm de boicotar”.
Apesar destes apelos ao boicote, Israel é um dos países favoritos para vencer a Eurovisão, atrás da Croácia e da Suíça. ANG/RFI