
Gâmbia/CEDEAO quer 10 milhões de turistas intracomunitários até 2029

(ANG) – A Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou recentemente que pretende alcançar até 2029 um volume anual de 10 milhões de turistas dentro deste espaço geográfico, que inclui Cabo Verde e Guiné-Bissau.
“O director do Sector Privado da CADEAO, Anthony Elumelu, reiterou a ambição da região de alcançar, até 2029, um volume anual de 10 milhões de movimentos turísticos intracomunitários e sublinhou a importância da implementação coerente das políticas regionais”, lê-se num comunicado distribuído hoje, no final de um atelier regional sobre turismo responsável e livre circulação de pessoas.
Essas políticas, acrescenta, devem estar assentes em ações “que beneficiem diretamente os cidadãos, com particular enfoque na juventude e nas mulheres, promovendo simultaneamente a competitividade regional através de normas harmonizadas e de uma cooperação transfronteiriça reforçada”.
A CEDEAO refere, no comunicado distribuído no final da reunião na Gâmbia, que “o setor do turismo contribui com cerca de 85 milhões de dólares [quase 79 milhões de euros] por ano para a economia, representando aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB), e assegura mais de 42 mil empregos diretos, além de 40 mil postos de trabalho indiretos” neste país africano, perto de Cabo Verde e da Guiné-Bissau.
“Esta iniciativa estratégica constitui um marco fundamental na implementação da Política Regional de Turismo da CEDEAO (ECOTOUR 2021–2030), reafirmando o compromisso da Comissão em posicionar o turismo como vetor de integração regional, criação de emprego e desenvolvimento sustentável na África Ocidental”, aponta-se também no comunicado.
Na sessão de encerramento, os responsáveis da CEDEAO salientaram também “a necessidade de reforçar a colaboração institucional com os serviços de imigração e de gestão de fronteiras, bem como a introdução de exercícios de simulação transfronteiriça, com vista a testar e consolidar a eficácia operacional do Protocolo da CEDEAO sobre a Livre Circulação de Pessoas, Bens e Serviços”, diz-se ainda no comunicado.
A CEDEAO é composta, para além dos lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau, pelo Senegal, Gâmbia, Mali, Níger, Nigéria, Benim, Togo, Gana, Costa do Marfim, Libéria, Burkina Faso, Serra Leoa e Guiné-Conacri.
ANG/Inforpress/Lusa