Geórgia/Aumenta a contestação da comunidade internacional
(ANG) – Os resultados das eleições legislativas na Geórgia começaram por ser contestados pela oposição pró-europeia no país, que denunciou um “golpe constitucional” e eleições falsificadas, mas rapidamente o coro de protestos subiu de tom.
Depois da NATO e da União Europeia, os Estados Unidos destacaram os relatos de ‘irregularidades durante as eleições.
Na última noite, o secretário de estado norte-americano apelou a uma investigação sobre eventuais fraudes durante o escrutínio. Em comunicado, Antony Blinken anunciou que Washington junta-se aos observadores internacionais e locais no apelo a uma “averiguação exaustiva de todos os relatos de violação de eleições”, citando relatos de ‘irregularidades e violência esporádica’.
Já nesta segunda-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Berlim condenou “irregularidades significativas” durante as eleições e sublinhou a intimidação de eleitores e problemas com o secretismo do voto.
Entretanto, o Kremlin rejeitou as acusações de ingerência russa no processo eleitoral na Geórgia, tal como foi denunciado pela oposição pró-europeia georgiana. Dmitri Peskov, o porta-voz da presidência russa, disse hoje que as acusações são “totalmente infundadas”.
Também nesta segunda-feira, Viktor Orbán chegou à Geórgia para uma visita de dois dias. O primeiro-ministro húngaro, que é próximo de Vladimir Putin, detém a presidência rotativa da união Europeia. O chefe da diplomacia do bloco europeu, Josep Borrell, já declarou que Orbán não tem autoridade em matéria de política externa dos 27.ANG/RFI