Israel/ Governo avalia plano de cessar-fogo do Hamas
(ANG) – As autoridades israelitas estão a analisar o projeto de cessar-fogo do Hamas que será feito em três etapas e sob a mediação do Egipto e do Qatar.
O documento inclui a troca de reféns contra a retirada do exército israelita de Gaza e libertação dos prisioneiros palestinianos.
A imprensa internacional escreve que o projeto do Hamas abre caminho para o fim da guerra na Faixa de Gaza. De acordo com o documento, o plano de cessar-fogo será elaborado em três fases, cada uma com a duração de 45 dias.
Na primeira fase seriam libertadas todas as reféns do sexo feminino, os homens com menos de 19 anos, os idosos e doentes, em troca da libertação de mulheres e crianças palestinianas detidas nas prisões israelitas. Durante a segunda fase seriam libertados os restantes reféns e os restos mortais seriam devolvidos às famílias na terceira fase.
O Hamas exige a libertação de 1500 presos palestinianos, dos quais 500 seriam selecionados de uma lista de condenados a penas de prisão perpétua.
O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou na terça-feira, 6 de Fevereiro, que recebeu a contraproposta do Hamas ao seu plano de trégua transmitido pelo Qatar, principal mediador do conflito, e está avalia-lo. O projeto de cessar-fogo do Hamas surge em resposta a uma proposta israelita com mediação dos EUA, Qatar e Egipto, que tinha sido enviada há uma semana. Nos últimos tempos, tem aumentado a pressão para que seja alcançado um cessar-fogo, sobretudo pelos sinais crescentes de que o conflito está já a ampliar-se para a esfera regional.
Nesta quarta-feira, chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, reúne-se com líderes israelitas para os convencer a avançar com este plano de cessar-fogo, incluindo a libertação de reféns, no momento em que a guerra Israel-Hamas entra no quinto mês.
Neste quinto périplo pela região, o secretário de Estado americano fez o contrário das outras vezes, começou a visita nos países árabes da região, Arábia Saudita, Qatar, Egipto, Jordânia.ANG/RFI