Moçambique/ Seis mortos no primeiro de três dias manifestações
(ANG) – Pelo menos seis pessoas foram mortas e nove detidas em Nampula, nesta quarta-feira(13), no primeiro dos três dias das manifestações em Moçambique.
As seis vítimas foram baleadas mortalmente na província de Nampula, naquele que é o primeiro dos três dias de manifestações convocadas por Venâncio Mondlane.
Ontem à noite, o comandante geral da policia, Bernardino Rafael, avisou que não serão permitidas manifestações violentas que se assemelham ao terrorismo urbano.
“(…) Nós vamos responder, mas eles também vão responder. Temos que responder todos. Se o caminho é o Tribunal Penal Internacional, eles também têm que ir para lá. Em nenhum país, se permite um cidadão dizer que quer golpear, nenhum país do mundo”, afirmou o comandante geral da polícia.
Venâncio Mondlane já veio afastar qualquer cenário de golpe de Estado, versão defendida pelo Governo.
“Se quiséssemos fazer um golpe de Estado, teríamos feito”, disse, garantindo: “Nós não vamos desistir, nós não vamos recuar. Já mataram muita gente”, sublinhou.
Por seu lado, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Mocambique, CTA, Agostinho Vuma, revela que as vandalizações já custaram mais de 45 milhões de dólares ao empresariado.
“As vandalizações tiveram um custo de cerca de 45, 5 milhões de dólares norte americanos e colocaram em risco mais de 1200 postos de trabalho, de forma directa devido ao nível de vandalização”, notou.
A onda de protestos foi convocada pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane e visa contestar os resultados das eleições gerais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, que dão vitória a Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frelimo. ANG/RFI