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Morreu Lilica Boal, figura da luta pela independência da Guiné e Cabo Verde

Morreu Lilica Boal, figura da luta pela independência da Guiné e Cabo Verde

(ANG) – Lilica Boal, directora da escola-piloto do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), na luta pela independência da Guiné e Cabo Verde, morreu esta quarta-feira, 6 de Novembro, no Hospital Agostinho Neto, na Cidade da Praia.

Maria da Luz Boal, conhecida por Lilica Boal, foi uma das figuras mais importantes da luta pela independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, faleceu esta quarta-feira, 6 de Novembro, aos 90 anos, no Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, em Cabo Verde.

Lilica Boal foi uma das pioneiras no movimento de libertação, desempenhou um papel fundamental não só como militante, mas também como educadora e líder comunitária.

Durante os anos de luta pela independência, foi directora da escola-piloto do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), escolhida por Amílcar Cabral, em 1969, onde se dedicou à formação de jovens revolucionários, um trabalho que, mais tarde, ganharia destaque como um símbolo da transformação social e educativa nas zonas libertadas.

A vida de Lilica Boal foi marcada pela convicção de que a educação era uma arma poderosa para a emancipação das populações, especialmente das mulheres e dos jovens, muitas vezes marginalizados pela colonização portuguesa. A escola-piloto do PAIGC, sob a sua direcção, tornou-se um centro importante de ensino, formação política e conscientização revolucionária.

Após a independência de Cabo Verde e ao longo da sua vida, Lilica Boal continuou a trabalhar no sector da educação e no desenvolvimento da sociedade cabo-verdiana.

As reacções à sua morte foram imediatas. Lilica Boal é lembrada com profundo respeito por todos aqueles que partilharam com ela os desafios da luta pela liberdade.

O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, expressou as suas condolências em nome do governo e do povo cabo-verdiano, destacou a sua “indiscutível” contribuição para a educação e a independência do país. “Lilica Boal foi uma mulher de coragem e visão, uma dos pilares da nossa história”, afirmou José Maria Neves.

Está prevista uma cerimónia oficial em homenagem à memória de Lilica Boal este sábado, 9 de Novembro, no Tarrafal, ilha de Santiago, onde nasceu há 90 anos.ANG/RFI

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