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Suécia/Nobel da Medicina para Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e S. Sakaguchi

Suécia/Nobel da Medicina para Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e S. Sakaguchi

(ANG) – Oprémio Nobel da Fisiologia ou Medicina foi entregue aos imunologistas norte-americanos Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e ao japonês Shimon Sakaguchi, pelas suas “descobertas relativas à tolerância imunitária periférica”.

Segundo explica o Comité do Prémio Nobel no Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, o trio recebeu o galardão pelo trabalho sobre tolerância imunológica periférica, uma forma que o corpo tem de ajudar a impedir que o sistema imunológico fique desequilibrado e ataque os seus próprios tecidos em vez de invasores estranhos.

Os investigadores vão receber formalmente o prémio, oficialmente conhecido como Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, durante uma cerimónia a realizar-se no dia 10 de dezembro.

“O poderoso sistema imunitário deve ser regulado, caso contrário, pode atacar os nossos próprios órgãos. Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi recebem o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina 2025 pelas suas descobertas inovadoras sobre a tolerância imunitária periférica, que impede o sistema imunitário de prejudicar o corpo”, pode ler-se no comunicado da academia sueca.

“O Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina deste ano incide sobre a forma como controlamos o nosso sistema imunitário para podermos combater todos os micróbios imagináveis, evitando ao mesmo tempo as doenças autoimunes”, acrescentou Marie Wahren-Herlenius, professora do Instituto Karolina.

“O poderoso sistema imunitário do organismo deve ser regulado, caso contrário, corre-se o risco de ele atacar os nossos próprios órgãos”, acrescenta o Comité do Prémio Nobel.

Os investigadores “identificaram os guardiões do sistema imunológico, as células T reguladoras, que impedem as células imunológicas de atacar o nosso próprio corpo”, salienta.

Como consequência, as descobertas de Mary E. Brunkow, nascida em 1961, Fred Ramsdell, 64 anos, e Shimon Sakaguchi, 74 anos, “lançaram as bases para um novo campo de investigação e estimularam o desenvolvimento de novos tratamentos, por exemplo, para o cancro e doenças autoimunes”, afirma a Assembleia Nobel num comunicado à imprensa.

“Isso também pode levar a transplantes mais bem-sucedidos. Vários desses tratamentos estão agora em fase de ensaios clínicos”, acrescenta.

O trabalho dos investigadores remonta a 1995, quando Shimon Sakaguchi descobriu um novo tipo de células T, uma descoberta fundamental, já que naquela época muitos investigadores estavam convencidos de que a tolerância imunológica só se desenvolvia devido à eliminação de células imunológicas potencialmente nocivas no timo, através de um processo denominado tolerância central.

O cientista demonstrou que o sistema imunológico é mais complexo e descobriu um tipo de células imunitárias até então desconhecido, que protege o organismo de doenças autoimunes.

Mary E. Brunkow e Fred Ramsdell obtiveram conhecimentos decisivos sobre a origem das doenças autoimunes, depois de terem feito uma descoberta fundamental em 2001, quando explicaram por que razão uma estirpe específica de ratos (denominada scurfy) é particularmente vulnerável a doenças autoimunes.

Mary E. Brunkow pertence ao Instituto de Biologia de Sistemas, em Seattle. Fred Ramsdell é consultor científico da Sonoma Biotherapeutics, em São Francisco e Shimon Sakaguchi é professor emérito do Centro de Investigação de Fronteiras em Imunologia da Universidade de Osaka, no Japão.

Thomas Perlmann, secretário-geral do Comité Nobel, disse que só conseguiu falar com Sakaguchi por telefone hoje de manhã e deixou mensagem de voz a Brunkow e Ramsdell.

O prémio do ano passado foi partilhado pelos norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun pela descoberta do microRNA, pequenos pedaços de material genético que funcionam como interruptores dentro das células, ajudando a controlar o que as células fazem e quando o fazem.

Este é o primeiro dos Nobel a ser anunciado, seguindo-se nos próximos dias os galardões relativos à Física, Química, Literatura, Ciências Económicas e da Paz. O anúncio da última categoria, Economia (Ciências Económicas), só irá acontecer no início da próxima semana, no dia 13.

O Prémio Nobel consiste num diploma, uma medalha de ouro e um cheque no valor de 11 milhões de coroas suecas (cerca de um milhão de euros).

Os investigadores vão receber formalmente o prémio, oficialmente conhecido como Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, durante uma cerimónia a realizar-se no dia 10 de dezembro.

Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901.

Todas as categorias são anunciadas em Estocolmo, Suécia, exceto o Nobel da Paz que, como habitualmente, será atribuído pelo Comité Nobel Norueguês e terá como cenário o Instituto Nobel Norueguês, em Oslo.

Na edição deste ano dos Nobel é o galardão da Paz que concentra as atenções por causa do Presidente norte-americano, Donald Trump, um potencial vencedor que divide largamente opiniões a nível mundial. ANG/Lusa

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