APU-PDGB acusa Presidente da República de ser responsável moral e material pela morte de Papa Fanhe
(ANG) – A Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) acusou o Presidente da República de ser o único responsável moral e material pela morte do capitão de Fragata Papa Fanhe, um dos suspeitos de envolvimento na alegada tentativa de golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022, cujo o julgamento foi recentemente adiado “sine die”.
A acusação ao Chefe de Estado guineense, consta na Declaração Politica de APU-PDGB, do dia 15 de junho, à que a ANG teve acesso hoje.
O partido liderado pelo ex-primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam declarou a retirada de “Confiança Política” ao Presidente da República Umaro Sissoco Embalo e ordenou à todos os seus militantes e dirigentes a se demitirem das suas funções no atual Governo de Iniciativa Presidencial, em obediência e respeito aos Estatutos do partido..
O partido que conquistou nas legislativas passadas um mandato, dirigiu-se ao Presidente da República para lhe dizer que o seu mandato presidencial termina no dia 27 de Fevereiro de 2025, data a partir da qual o novo Presidente da República eleito deve entrar em funções, razão pela qual as eleições presidenciais devem ser realizadas antes do fim do mandato, em Fevereiro de 2025.
A APU-PDGB responsabiliza Umaro Sissoco Embaló pela degradação geral do estado social e democrático da Guiné-Bissau caso resistir a não marcação das eleições presidenciais para novembro de 2024, terminando com a “falsa consulta do Constitucionalista português Professor Doutor Jorge Bacelar Gouveia”.
Exorta ao Umaro Sissoco Embaló a adotar postura equidistante e neutra de assuntos internos dos partidos políticos, sob pena de uma mobilização popular para exigir os seus direitos consagrados na Constituição da República.
No documento, APU-PDGB exige a celeridade da justiça dos militares e civis presos no caso 1 de fevereiro de 2022.
A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau solidarizou-se com as Direções dos Partidos democráticos, MADEM-G15, PRS e PAIGC, “pelas interferências e assaltos as sedes desses dois últimos e manipulação dos seus militantes e dirigentes pelo Presidente da República”.
Ainda nessa Declaração Politica, APU-PDGB diz que o chefe de Estado “sequestrou o Supremo Tribunal da Justiça, a Procuradoria Geral da República, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), O Tribunal de Contas, entre outras, sempre orquestrando falsos processos na vã tentiva antidemocratica de garantir o seu segundo mandato”.
Criticou as interferências do Presidente da República nos assuntos internos dos partidos, nomeadamente no MADEM-G15, PRS, PAIGC e APU-PDGB, que diz causar divisão, indisciplina, desordem e anarquia no seio desses partidos, através da corrupção e aliciamento politico.
O partido de Nuno Nabiam exorta à todos os apuanos a se manterem confiantes, serenos, firmes e determinados na luta nas suas bases e na diáspora, sempre convicto na vitória final. ANG/LPG/ÂC//SG