Agricultura/Ministra defende necessidade de reflorestação para combater Seca e Desertificação na Guiné-Bissau
(ANG) – A ministra de Agricultura e Desenvolvimento Rural defendeu na segunda-feira a urgente necessidade de fazer a reflorestação com o objetivo de combater a Seca e Desertificação na Guiné-Bissau.
Fatumata Djau Baldé falava no âmbito da comemoração do 30º aniversário das Nações Unidas sobre a luta contra a Seca e Desertificação no mundo, em que lançou um apelo aos guineenses no sentido de cada individuo plantar no mínimo uma árvore de modo á contribuir no combate a desertificação e seca no país.
O tema proposto este ano pelas Nações Unidas é “ Unidos pela Terra o Nosso Património e Nosso Futuro” e e Fatumata Djau Baldé diz que visa mobilizar todos os setores da sociedade a favor da gestão sustentável da terra.
“É bastante importante envolver as gerações atual e futura na prevenção das tendências da degradação dos recursos naturais. Porque, de acordo com os dados das Nações Unidas, a cada segundo que passa são degradadas o espaço que poderia servir para fazer quatro campos de futebol, o que representa um total de 110 milhões de hectares por ano”, disse a ministra de Agricultura.
Sublinhou que na Guiné-Bissau a celebração do Dia Mundial de Combate à Desertificação coincide com a adoção de dois documentos importantes, feitos em 2017 e 2019 que são: o Programa de Neutralidade na Degradação da Terra ou zero degradação da terra até 2030 e o Plano Nacional da Seca que tem como fim a gestão integrada dos recursos para reduzir e mitigar o impacto da mesma na Guiné-Bissau.
“A data deste ano concentra-se na recuperação das Terras Degradadas, contribuindo na resiliência económica sobretudo na redução dos impactos das alterações climáticas”, refere Baldé.
Por outro lado, Fatumata disse que a agricultura tem um papel fundamental a desempenhar no contexto da Degradação da Terra, tendo defendido a adoção de técnicas agrícolas duráveis e inteligente, com a finalidade de reduzir a pobreza e criar postos de empregos, principalmente para as camadas mais vulneráveis.
“Embora com grandes dificuldades económicas e financeiras, a Guiné-Bissau é um país com imensas potencialidades agrícolas e florestas. De modo que, a agricultura constitui a base da economia do nosso país ou seja é a nossa própria economia”, afirmou.
A ministra sustentou que a Guiné-Bissau é um dos países mais afetados nas últimas décadas pelo fenómeno de Seca e Degradação das Terras nomeadamente nas regiões que fazem parte da província Leste e Norte, devido o abate constante das árvores sem controlo.
Informou que o Governo da Guiné-Bissau pretende alcançar a Neutralidade das Degradações de Terras até 2030 com um crescimento absoluta em cerca de 40 mil hectares de florestas recuperadas. ANG/AALS/ÂC//SG