APU-PDGB desafia ordens do Ministério do Interior e da Ordem Pública e promete concentrar dirigentes e militantes na receção de Nuno Gomes Nabiam
(ANG) – A Assembleia do Povo Unido, Partido Democrático da Guiné-Bissau, (APU-PDGB), está determinada a concentrar os seus dirigentes e militantes hoje nas mediações do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, para a receção do seu líder, Nuno Gomes Nabiam depois de dois meses ausente do país.
A posição de APU-PDGB desafia o despacho do Ministério do Interior e da Ordem Pública que proibiu atos de manifestações públicas em todo o território nacional desde dia 15 de Janeiro do presente ano.
O secretario nacional da Juventude Apuana Caustar Dafá, em conferência de imprensa realizada quarta-feira, diz não haver motivos do Ministério do interior continuar a impedir manifestações politicas desde já que há um decreto do Presidente da República que marcou as eleições legislativas para o mês de Novembro.
“E quando assim é, não há motivos em proibir um partido de receber o seu líder no aeroporto sob pena do próprio decreto estar a contrariar a si mesmo”, explicou Caustar Dafá.
Pouco mais de uma semana atrás, as Forcas de Ordem a mando do demissionário Secretario de Estado de Ordem Pública, Jose Carlos Macedo Monteiro dispersaram alguns militantes do MADEM-G15 15 no aeroporto Osvaldo Vieira e, detiveram um dos ativistas politicos que foram receber o seu coordenador, Braima Camara no seu regresso ao país após algum tempo em Portugal.
Inclusive, os homens da imprensa que foram fazer cobertura jornalística foram também expulsos das mediações do aeroporto.
No entendimento de Caustar Dafá aquele ato foi uma falha por parte do Ministério do Interior.
Assegurou que o mesmo não vai acontecer no regresso de Nuno Gomes Nabiam: “estámos num Estado livre onde a lei está a cima de todos nós”, notou.
Em reação ao assunto, o secretario de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo disse numa conferência de imprensa realizada na terça-feira, avisou que Nuno Nabiam vai ter o mesmo tratamento no seu regresso, igual aquando do regresso de Braima Camara e Domingos Simões Pereira.
“Nuno vai ter o mesmo tratamento que teve Domingos Simões Pereira e Braima Camara, Nuno não é ninguém na Guiné-Bissau, Nuno é zero na Guiné. Ele prometeu vir nos desafiar, que venha-nos desafiar na Guiné”, afiançou.
Jose Carlos assegurou que enquanto não houver uma outra decisão do Governo que revogue o presente despacho, o Ministério do Interior vai continuar intransigente em fazer cumprir a lei, garantiu.
Questionado sobre a vigência do referido despacho tendo em conta o aproximar da campanha eleitoral para as eleições legislativas marcadas pelo Presidente Sissoco Embalo para 24 de Novembro, José Carlos respondeu que cabe ao Ministério da Administração Territorial responder a questão.
“Não foi o Ministério do Interior que tirou o despacho, mas sim, o Conselho dos Ministros, o Ministério do Interior apenas reproduziu o despacho”, sustentou.ANG/ÂC