Agricultura/Governo quer maior intervenção de atores para dinamizar o setor
(ANG) – O Governo, através do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR), pede mais intervenção dos atores do sector, como forma de dinamizar a agricultura e atender as necessidades comuns.
Um pedido para o efeito foi quinta-feira, feito por Quintino Alves ao presidir, em representação do ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a cerimónia de abertura do Seminário sobre a “Advocacia para a Segurança de Sementes e Valorização do Papel da Mulher na Soberania Alimentar, que se realiza no âmbito do Projeto Género através da Agroecologia Liderada pelas Mulheres na África Ocidental.
Alves apelou aos intervenientes do setor para trabalharem em estreita ligação com as mulheres camponesas ao nível nacional e da sub-região para ajudá-las a combater as dificuldades que enfrentam no terreno.
De acordo com Quintino Alves, “As ONGs e outras entidades que labutam no setor agrícola devem proporcionar às mulheres e às suas redes, oportunidades para puderem aumentar o poder político, advogando para os seus direitos e promovendo a igualdade de género e uma agricultura sustentável.
O Diretor Executivo da ONG Tiniguena, Miguel de Barros, reafirmou na ocasião os objetivos da Tiniguena de trabalhar para a garantia da soberania alimentar, em que se poderá ter o controlo das sementes, das terras, dos consumos, das produções , das vendas efetuadas, e do que vão ser armazenado ou guardado para casos de emergência.
“Caso conseguirmos controlar todos esses aspetos, é difícil colocarmos na situação de pobreza, porque o maior problema que afeta os camponeses guineenses se distingue em dois desequilíbrios: o primeiro tem a ver com a falta de um Banco de Sementes, onde os camponeses podem comprar sementes com a garantia de que não foram manipulados”, disse Barros.
Criticou que a Guiné-Bissau importa mais o arroz que consome, em vez de apoiar a produção local.
No seminário sobre a Advocacia para a Segurança de Sementes e Valorização do papel das mulheres na Soberania Alimentar”, de um dia, os participantes assistiram a apresentação da experiência, planos de ação e implementação dos resultados da avaliação de segurança de sementes em cada país, e do documento da política e avaliação da segurança de sementes.
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