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Agricultura/”Horticultura impulsiona economia familiar nas comunidades de Oio e Cacheu”, revela a ONG Ianda Guiné

Agricultura/”Horticultura impulsiona economia familiar nas comunidades de Oio e Cacheu”, revela a ONG Ianda Guiné

(ANG) – A Organização Não Governamental (ONG) Ianda Guiné  divulgou que, a horticultura tem vindo à  impulcionar economia familiar nas comunidades de Oio e Cacheu nos últimos tempos através de apoio da “Ação Ianda Guiné Hortas”.

A informação foi divulgada no Site da referida ONG, visitado hoje pela ANG,  no qual consta ainda que,desde 2020, a Ação “Ianda Guiné Hortas” tem vindo a apoiar a produção hortícola em 40 comunidades rurais das regiões de Cacheu e Oio, com o objetivo de dinamizar a produção hortícola, organizar a fileira e proporcionar mais e melhores oportunidades económicas a mais de duas mil produtoras rurais, enquadradas em clubes de agricultores familiares.

De acordo com o site da ONG Ianda Guiné, o Presidente da Cooperativa dos Horticultores da região de Cacheu, Chiquinho Tchuda, enalteceu a importância da cooperativa na organização da fileira e no desenvolvimento do sector produtivo.

“Estamos agora mais organizados e unidos, temos mais forças de trabalhar, para aumentar a produção nas nossas comunidades”. Atualmente estamos a ter intervenções importantes nas diferentes hortas coletivas (questões de produção, seleção de sementes e da evacuação de produtos da horta até aos mercados ou centros comerciais)”, disse Tchuda.

Por sua vez, o Presidente da Cooperativa dos Horticultores da região de Oio, Domingos Nbunde, avaliou a construção do centro de processamento, conservação e comercialização de produtos hortícolas, considerando que traz uma mais-valia para os horticultores, uma vez que segundo ele resolve as dificuldades de conservação, transformação, evacuação de produtos e de acesso ao mercado.

Para horticultora de Binocule nos arredores de Cacheu, Suzete N´bunde, o trabalho da horta está a mudar as suas vidas na tabanca, porque traz-lhes bastante benefícios desde a alimentação, rendimentos para o pagamento de algumas despesas da casa, bem como para  compra de roupas, sapatos e pagamento da escola dos seus filhos.

A horticultora de Ngharon uma comunidade a quase 7 quilómetros da cidade de Bissorã, Mai Mancal vê a horticultura como uma solução para as mulheres rurais.

Olhando para os impactos sociais e económicos da produção hortícola, Mai Mancal, que lidera mais de 50 produtoras da horta coletiva da sua comunidade, salientou que “a horta dá-lhes o que os seus maridos não conseguem dar hoje, frisando que conseguiram satisfazer as suas necessidades sem depender de ninguém”.

Mai louvou os resultados da intervenção do projeto Ianda Guiné na sua comunidade, quer na melhoria produtiva, como organizacional, facto que na sua opinião lhes permite dinamizar o mutualismo ou abotas: um sistema de microcrédito através do qual conseguem gerir as suas hortas.

Segundo o Site de ONG Ianda Guiné, foram formados sessenta (60) pequenos produtores rurais jovens, entre os quais 37 raparigas, nos domínios da hortifruticultura e nutrição, com o propósito de promover melhorias na produção hortícola com a introdução de novas técnicas sustentáveis e ecológicas, com vista a aumentar a produção e produtividade, em prol da segurança alimentar e nutricional nas comunidades rurais beneficiárias do projeto.

No Site sustentaram que, os mencionados jovens estão a causar mudanças nas suas comunidades, promovendo as boas práticas produtivas e causando grandes impactos ao nível da economia familiar e segurança alimentar.

Para apoiar a dinâmica das atividades do projeto nas comunidades e assegurar a sustentabilidade da produção hortícola nas comunidades envolvidas, a Ação Hortas, implementada em Cacheu e Oio criou duas cooperativas de horticultores nessas duas regiões.

Cooperativas essas que serão responsáveis pela gestão dos dois centros regionais de processamento, conservação e comercialização de produtos hortícolas construídos no âmbito do projeto, em Bissorã e Cacheu. Além de garantir a sustentabilidade dos objetivos da Ação, estes Centros visam potencializar a fileira, criando oportunidades económicas.ANG/AALS/ÂC

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