China/Governo pede à Tailândia para estar atenta à “expansão” da NATO na Ásia
(ANG) – O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, pediu hoje ao homólogo tailandês, Maris Sangiampongsa, “vigilância contra a expansão da NATO na região Ásia Pacífico”, numa altura em que Washington reforça os laços com países da região.
Wang garantiu que Pequim quer trabalhar com a Tailândia para “proteger conjuntamente a paz e a segurança regionais”, sublinhando a “confiança mútua e o apoio recíproco” entre os dois países, “independentemente das mudanças na paisagem internacional”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou igualmente o “vigoroso intercâmbio turístico” entre os dois países, com mais de três milhões de chineses a visitarem a Tailândia este ano e o número de turistas tailandeses na China a ultrapassar os níveis anteriores à pandemia.
Wang reiterou a “elevada consideração” que a China tem pelas relações com a Tailândia, que considera um “parceiro fiável” e um “fator de paz e estabilidade na região”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado publicado no seu portal oficial.
“A China apoia firmemente o caminho de desenvolvimento escolhido pela Tailândia, em conformidade com as suas condições nacionais, e apoia o seu desempenho mais significativo nos assuntos internacionais e regionais”, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros.
Sangiampongsa afirmou que a Tailândia “valoriza profundamente as relações com a China”, que considera um “parceiro estratégico”.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês garantiu que o seu governo está empenhado em “reforçar a amizade e a cooperação entre os governos, as empresas e os povos dos dois países, assegurando o desenvolvimento sustentável e duradouro das relações bilaterais”.
As duas partes concordaram em reforçar a cooperação em matéria de segurança e de aplicação da lei, combatendo conjuntamente os crimes transfronteiriços, como o jogo ‘online’ e a fraude eletrónica, numa altura em que a China reforçou a colaboração com outros países da região, como o Myanmar (antiga Birmânia) e o Laos, para desmantelar as redes de cibercrime que operam a partir da região e que visam frequentemente cidadãos chineses. ANG/Lusa