
CMB/Sindicato dos trabalhadores ameaça paralisar a instituição caso não forem pagos dois meses de salários

(ANG) – O Sindicato dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Bissau (STCMB), ameaçou, segunda-feira, paralisar o funcionameto da instituição, caso não forem pagos dois meses de salários em atraso.
“Os fiéis muçulmanos e cristãos que trabalham na CMB passaram a festa de Ramadão e Páscoa, sem dinheiro no bolso, e são pessoas com famílias.Todas as promessas feitas pela direção da CMB não foram compridas. Sendo assim, brevemente, vamos entregar um pré-aviso de greve à direção”, disse Ivo Ndafa ,em declarações à imprensa.
Segundo Ndafa estão em causa os meses de Maio e Junho em curso.
O dirigente sindical revelou que os funcionários da CMB sofrem descontos para Segurança Social , para efeitos de aposentação, mas que o dinheiro descotado não chega ao destino .
“Se o dinheiro descontado aos funcionários para o pagamento da Segurança Social chegasse ao destino, talvéz não teríamos tanta dificuldade, porque a Segurancia Social poderia cobrir lacunas”, disse o Presidente do Sindicato dos trabalhadores da Câmara Municipal de Bissau.
Acrescentou que existe uma dívida no valor de 500 milhões FCA, que a CMB deve depositar, desde Fevereiro, na conta dos funcionários que sofrem descontos para Segurança Social, mas que até ao momento não foi depositado pela atual Direção.
“Temos ainda a situação de pagamento de subsídio de sábado e domingo aos coveiros que trabalham diáriamente sem descançar e não ganham nada”, disse Ivo Ndafa.
O Presidente da CMB, José medina Lobato já reagiu a ameaça de paralisação dos serviços feita pelo sindicato dos trabalhadores, para dizer que estão em dívida apenas um mês e não dois meses.
“Na realidade, não pagamos apenas o salário do mês de Maio devido as nossas dificuldades financeiras, mas vai ser ultrapassada assim que conseguimos reunir o dinheiro para tal. O mês de Junho ainda não terminou, portanto não se pode dizer que são dois meses de salários em atraso”, disse Lobato, em conferência de imprensa esta terça-feira.
Medina Lobato disse que no período da chuva a CMB se depara sempre com dificuldades, porque as receitas não entram com frequência e diz que dependem das receitas internas para pagar salários dos funcionários, compra de combustíveis, pagar subsídios e realizar outros eventos. ANG/AALS/LLA/ÂC//SG