
Direção Nacional da PJ nega que uma cidadã tenha sido agredida pela patroa na presença do Diretor Nacional da corporação

(ANG) – A Direção Nacional da Polícia Judiciária(PJ) nega que uma cidadã nacional tenha sido vítima de agressão por parte da sua patroa, alegadamente numa sessão de audição no gabinete e na presença do Diretor Nacional da Polícia Judiciária.
A informação consta num comunicado à Imprensa do gabinete da PJ, datado de 03 de Abril, à que a ANG teve acesso hoje.
No comunicado, a corporação diz tratar-se de uma acusação grave, e alega que o Diretor Nacional da Polícia Judiciária não intervém diretamente em diligências processuais, nomeadamente audições ou interrogatórios realizados no âmbito de inquéritos.
Acrescenta que em nenhuma circunstância o Diretor Nacional manteve contacto direto com a vítima ou com a suposta agressora, e que estas pessoas nunca foram recebidas no seu gabinete.
Citando informações preliminares, a
PJ refere que a vítima e a alegada agressora foram ouvidas nas instalações do Serviço de Piquete da Polícia Judiciária, em Bandim, na Av. Combatentes da Liberdade da Pátria, local onde a alegada agressão teria ocorrido.
“Face à gravidade das acusações apresentadas, o Diretor Nacional, atualmente ausente em missão oficial fora do país, ordenou a imediata abertura de um inquérito interno rigoroso, destinado a apurar todas as circunstâncias reais em que os alegados factos terão ocorrido”, lê-se no comunicado.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) emitiu, quinta-feira , um comunicado, através do qual condenou a suposta agressão à uma empregada doméstica, por parte da sua patroa, nas instalações da Polícia Judiciária(PJ), denunciada em conferência de imprensa pela Associação Nacional de Proteção dos Trabalhadores Domésticos da Guiné – Bissau (ANAPROMED-GB).
Segundo a ANAPROMED-GB, a trabalhadora doméstica agredida foi acusada de furto de dinheiro pela sua patroa, uma senhora que se diz ser uma das secretárias da Presidência da República.
Baseando nas acusações contra PJ, a LGDH disse, em comunicado, que o alegado ato traduz não só uma “afronta à dignidade da pessoa humana mas também desrespeito à instituição Polícia Judiciária”.ANG/LPG/ÂC//SG