Ensino/ “Governo não é obrigado a empregar todos os professores formados”, diz Ministro da Educação
(ANG) – O ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Herry Mané disse que o Governo não tem obrigação de empregar todos os professores formados, nos centros de formação, na administração pública.
A afirmação, segundo A Rádio Popular, foi feita na cerimónia de encerramento do seminário técnico sobre a implementação do projeto da União Africana para a Integração da Educação (CADEC) nos currículos escolares, realizado , terça-feira em Bissau.
Falando à imprensa, o ministro reconheceu a importância da formação dos docentes, mas destacou que o Estado não consegue absorver todos os formados na função pública.
Mané encoraja aos professores que ainda não foram colocados a procurarem oportunidades de emprego no setor privado ou que criassem seus próprios empreendimentos de ensino.
“As escolas de formação formam professores, mas não é obrigação do governo colocá-los todos no aparelho do Estado. O Estado absorve uma parte e os restantes devem seguir para escolas privadas ou abrir as suas próprias instituições” disseo governante.
Herry Mané afirmou que o Ministério da Educação está disponível para atribuir licenças, desde que os requisitos sejam cumpridos.
O governante garantiu que o Ministério mantém um banco de dados com todos os professores formados e não colocados, e que esses profissionais poderão ser contactados à medida que surgirem vagas nos diferentes setores da educação.
Durante o evento, o ministro também defendeu a revisão dos currículos escolares nos países membros da União Africana. O objetivo, segundo ele, é contribuir para a mudança de mentalidade entre os jovens africanos, promovendo uma nova geração mais comprometida com a boa governação, o conhecimento e o desenvolvimento.
“Queremos uma juventude que se afaste da ideia de golpes de Estado, que respeite os bens públicos e que esteja disposta a aprender e contribuir para o progresso do continente”, declarou.
O seminário técnico reuniu especialistas de educação de vários países africanos e discutiu a implementação de conteúdos educativos alinhados com os objetivos da União Africana, respeitando as realidades e particularidades de cada país.
A Guiné-Bissau e a Costa do Marfim participaram como países-piloto da iniciativa. ANG/LPG//SG