FOCSP-GB insta as autoridades nacionais para garantir segurança aos jornalistas no exercício das suas atividades profissionais
(ANG) – O Fórum de Órgãos de Comunicação Social Privados da Guiné-Bissau (FOCSP-GB) instou hoje as autoridades nacionais para garantir a segurança aos jornalistas no exercício das suas atividades profissionais.
A solicitação do FOCSP-GB, vem expressa num comunicado de imprensa enviado à ANG, onde tomou o conhecimento sobre a triste cena da expulsão de jornalista da RTP-África, Indira Correia Baldé, numa cerimónia pública no dia 22 de agosto, a pedido da ministra interina da Saúde Pública, Maria Inácia Có Sanhá, que diz receber a orientação da “Ordem Superior”, de que a jornalista não pode cobrir os atos do governo.
Na nota, a FOCSP-GB salienta que, a expulsão da presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé, bem como o empedimento de jornalistas que estavam no aeroporto internacional Osvaldo Vieira no dia 13 deste mês para cobrir a recepção do Coordenador Nacional do MADEM, Braima Camará, representam uma grave ameaça ao exercício da profissão de jornalista e ao direito dos cidadãos à informação livre e diversificada.
A FOCSP-GB lamenta ainda à agressão ocorrida no dia 31 de julho por parte das Forças da Ordem contra uma jornalista da Rádio Capital e outra repórter da Rádio Popular, também vítima de atropelamento pela polícia em frente ao Ministério da Educação Nacional durante a cobertura de uma vigília de professores contratados.
“Estes atos de agressões verbais com palavrões aos profissionais de comunicação social para além de humilhar os jornalistas, são também ofensas à honra destes profissionais íntegros, pais e responsáveis de famílias, que o único pecado que cometerem é de querer informar e formar a opinião pública, de forma livre e independente, as atividades políticas, sociais, econômicas, culturais no país”, frisou a nota.
O Forúm pede respeito ao Estado de Direito, a Liberdade de Imprensa e a proteção dos direitos humanos, conforme está salvaguardado na Constituição da República e de mais leis.
Apelou à comunidade internacional a seguir de perto com os “olhos de ver” a campanha de perseguição e intimidação dos jornalistas indefesos, que, apesar dos desafios das condições precárias de trabalho que enfrentam, lutam incessantemente para informar com imparcialidade e rigor os cidadãos.
O FOCSP-GB, comprometido com a defesa da liberdade de imprensa e do exercício do jornalismo livre e independente, vem ao público manifestar a sua profunda preocupação em relação à crescente repressão e perseguição de jornalistas pelas autoridades, que deveriam zelar de “pedra e cal” em defesa e proteção dos profissionais de comunicação social, e consequentemente da liberdade de imprensa, que é um pilar fundamental de qualquer democracia saudável, e seu cerceamento não apenas afeta os órgãos e os profissionais da área, mas também toda a sociedade se sente ferida.
O Fórum reforça o seu compromisso de continuar vigilante e solidário com os jornalistas, oferecendo o seu apoio na luta por um ambiente de trabalho seguro e livre. ANG/JD/ÂC