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França/ Reforma no audiovisual provoca greves na RFI

França/ Reforma no audiovisual provoca greves na RFI

 (ANG) – Quinta-feira e sexta-feira, há um apelo à greve no audiovisual público com o objetivo de  lutar contra a reforma no audiovisual público, que prevê uma fusão das televisões e rádios públicas, e que vai ser examinada na Assembleia Nacional.

Perturbações são esperadas nas diferentes antenas da France Télévision, televisão pública, à Rádio France, passando também pela France Médias Monde, empresa da qual faz parte a RFI.

Na quarta-feira, 22 de Maiomais de 1 100 trabalhadores da Radio France assinaram uma tribuna rejeitando a fusão.

«Demagógico, ineficaz, perigoso»: é dessa forma que os signatários da tribuna publicada no jornal ‘Le Monde’, qualificam o projecto da reforma.

Este projecto prevê a criação de uma grande empresa em 2025, antes de uma fusão de todas as empresas das Sociedades do Audiovisual público: France Télévisions, Radio France, Instituto Nacional do audiovisual, e por fim France Médias Monde, ou seja a RFI, a France 24 e a Monte Carlo Doualiya, duas rádios e uma televisão.

A integração neste projecto da France Médias Monde está a criar um debate intenso até no campo presidencial. Segundo a Ministra da Cultura, Rachida Dati, que está à frente desta reforma, as forças do audiovisual público estão «dispersadas», o que significa um risco perante as super potências internacionais como Netflix e os canais privados.

Para os partidos de esquerda, não é um sinal positivo ter o regresso do «ORTF», uma empresa que juntava todo o audiovisual francês nos anos 60-70 e que foi desmantelada porque foi julgada como não tendo independência em relação ao Estado francês, sendo considerada como uma ferramenta de propaganda.

Aliásos partidos de esquerda acreditam que esta fusão não vai conseguir lutar de qualquer modo contra os gigantes do audiovisual como a Netflix.

Os sindicatos também têm receio que esta fusão acabe por ser vantajosa para a televisão em detrimento da rádio. Uma análise partilhada pelas Sociedades de jornalistas que deploram a falta de concertação e de conversas com o Governo sobre essa fusão.

Há um apelo à greve nas quatro empresas implicadas nesta fusão e há manifestações previstas em frente à Assembleia Nacional e ao Ministério da Cultura. ANG/RFI

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