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Guerra da Ucrânia/Rússia acusa EUA de “prolongarem a guerra”

Guerra da Ucrânia/Rússia acusa EUA de “prolongarem a guerra”

(ANG) – Moscovo acusou nesta quarta-feira, 20 de Novembro, os Estados Unidos de “prolongarem a guerra” com o aumento da entrega de armas a Kiev, pouco depois de os meios de comunicação social terem anunciado que Washington entregou minas antipessoais à Ucrânia. 

No milésimo dia da ofensiva russa na Ucrânia, Kiev informou que o exército tinha atacado um depósito de arsenal logístico das tropas russas perto da cidade de Karachev, na região de Bryansk. O depósito era utilizado para armazenar bombas e munições, incluindo as fornecidas pela Coreia do Norte.

A Coreia do Norte enviou à Rússia novas remessas de sistemas de artilharia e lançadores de mísseis para apoiar o esforço de guerra na Ucrânia, a informação foi avançada por um parlamentar sul-coreano.

Ontem, o Presidente Volodymyr Zelensky alertou para o risco de derrota contra Moscovo no caso do fim da ajuda americana, julgando que está em jogo a “sobrevivência” da Ucrânia. Washington levantou esta semana as restrições à utilização pela Ucrânia de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA para responder aos ataques russos.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse temer uma “escalada” no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, após a luz verde dada por Washington a Kiev para o uso de mísseis americanos em território russo, o que descreveu como “grande erro”.

Já a China apelou à “calma” e “contenção” um dia depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter assinado um decreto que expande as suas possibilidades de utilização de armas nucleares.

“Sob as atuais circunstâncias, todas as partes devem permanecer calmas e exercer moderação, trabalhando juntas através do diálogo e da consulta para aliviar as tensões”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian. 

O Papa Francisco assinalou esta quarta-feira, 20 de Novembro, o milésimo dia desde o início da invasão russa da Ucrânia, qualificando-a de aniversário trágico” e “um desastre vergonhoso para a humanidade”, na presença da primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska.

Um possível ataque aéreo significativo terá motivado o encerramento da embaixada dos Estados Unidos na capital ucraniana. As autoridades recomendam ainda aos cidadãos norte-americanos para estarem preparados para se abrigarem imediatamente, na eventualidade de um alerta de ataque ser anunciado. 

A ameaça de uma ataque levou as embaixadas de Itália, Espanha e Grécia em Kiev a encerrarem as portas, alegando razões de segurança e pedindo precauções aos cidadãos nacionais.

Por seu lado, num comunicado, o Ministério russo da Defesa disse ter abatido 50 drones ucranianos, nas últimas horas, especialmente nas regiões fronteiriças com a Ucrânia.ANG/RFI

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