Guerra no Médio Oriente/Líbano pede resolução do Conselho de Segurança da ONU para um “cessar-fogo
(ANG) – O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, pediu nesta sexta-feira uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para um “cessar-fogo imediato e completo”, com o acordo do grupo xiita Hezbollah, admitindo enviar o exército libanês para o sul do país.
Em conferencia de imprensa, o chefe do executivo libanês anunciou que, pela primeira vez com o acordo do Hezbollah, decidiu pedir ao Conselho de Segurança da ONU que adopte uma resolução para um “cessar-fogo imediato e completo”.
Najib Mikati garantiu “o compromisso do Governo libanês de aplicar a decisão 1701 do Conselho com todas as suas cláusulas, incluindo o destacamento do exército para o sul do Líbano e o reforço da sua presença na fronteira libanesa de forma a garantir a correta aplicação desta resolução”.
A resolução 1701, que terminou com conflito entre Israel e o Hezbollah em 2006, prevê a cessação das hostilidades de ambos os lados da fronteira e que apenas as forças de manutenção da paz da ONU e o exército libanês podem ser destacados para o sul do Líbano.
Os Estados Unidos e a França já vieram dizer que o fortalecimento do exército libanês será essencial para implementara resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas e manter a paz na fronteira entre o Líbano e Israel.
As autoridades libanesas afirmaram que o ataque israelita da noite passada contra dirigente do Hezbollah causou 22 mortos. O exército israelita não divulgou qualquer ordem de evacuação prévia para estas zonas antes do ataque e, até ao momento, ainda não se pronunciou sobre o sucedido.
Esta sexta-feira, 11 de Outubro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano denunciou novos ataques israelitas contra uma posição das forças de manutenção da paz do Sri Lanka no sul do Líbano, um dia depois de pelo menos dois soldados da paz ficaram feridos no ataque israelita contra uma torre de vigia na sede da missão da ONU no sul do Líbano.
A ONU mostrou-se “consternada” os comentários exacerbados em torno da guerra entre Israel e o Hezbollah e apelou aos líderes para acabarem com a sua “postura beligerante”.
O primeiro-ministro israelita ameaçou o Líbano com o mesmo nível de destruição que infligiu a Gaza. Benjamin Netanyahu disse ainda que os libaneses “têmoportunidade de salvar o Líbano” antes que este caia numa guerra que leve “à destruição e sofrimento que sevê em Gaza”.ANG/RFI