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Médio Oriente/Human Rights Watch acusa Israel de “crime de guerra”

Médio Oriente/Human Rights Watch acusa Israel de “crime de guerra”

(ANG)  – A ONG Human Rights Watch estima num relatório publicado, esta quinta-feira,  que as repetidas ordens de evacuação do exército israelita na Faixa de Gaza conduzem a deslocamentos forçados da população, o que se enquadra no “crime de guerra”.

Israel garante que tem estado a apelar aos habitantes de para que evacuem essas zonas devido a imperativos militares e, portanto, afirma que está a participar na protecção de civis.

Num vasto relatório publicado hoje, a Human Rights Wtach afirma que “as autoridades israelitas (…) estão a cometer crimes de guerra de transferência forçada de civis. Segundo a ONG“as ações de Israel também parecem corresponder à definição de limpeza étnica”em áreas onde o exército tem estado a ordenar a saída dos palestinianos e onde estes não poderão regressar.

Por seu lado, as autoridades israelitas garante que têm estado a apelar aos habitantes de zonas inteiras do território para que evacuem devido a imperativos militares e, portanto, afirmam que estão a participar na protecção de civis.

Porém, Nadia Hardman, pesquisadora da HRW, considera que “Israel deveria demonstrar em cada caso que o deslocamento de civis é a única opção possível para cumprir o direito humanitário internacional, acrescentado que “Israel não pode simplesmente confiar na presença de grupos armados para justificar a deslocação de civis”

Também o porta-voz da HRW para o Médio Oriente, Ahmed Benchemsi, refere que “tornar sistematicamente grandes partes de Gaza inabitáveis” constitui “limpeza étnica”.

Em Outubro, a ONU estimou em 1,9 milhões o número de habitantes de Gaza deslocados pela guerra, sendo que a população total foi rondava os cerca de 2,4 milhões no início da guerra.

De acordo com a HRW, as autoridades israelitas estão a orquestrar os movimentos e a garantir que algumas áreas afetacdas “permaneçam permanentemente esvaziadas”.

O relatório de 170 páginas da ONG centra-se em duas áreas que os israelitas chamam de corredores Netzarim e Filadélfia. Eles foram, segundo a HRW, “arrasados, ampliados e limpos” pelo exército para criar zonas tampão por razões de segurança.

O relatório baseia-se em entrevistas com habitantes de Gaza, imagens de satélite e dados públicos, todos foram recolhidos até Agosto de 2024.

Também esta quinta-feira, um Comité Especial da ONU acusou Israel de empregar métodos de guerra que “correspondem às características do genocídio”. Num relatório, o Comité acusa o Estado judeu de “usar a fome como método de guerra. ANG/RFI

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