Ministra Conceição Évora reitera empenho do Governo no combate a desinformação e discursos de ódio nas redes sociais
(ANG) – A Ministra da Cultura, Juventude e Desportos refirmou hoje que o Governo está empenhado no combate ao flagelo da desinformação e discurso de ódio nas redes sociais.
Maria da Conceição Évora, falava na cerimónia de abertura do Workshops de um dia dedicada ao debate sobre a Literacia Mediática, Combate à Mis/ Desinformação e Discurso de ódio na Guiné-Bissau.
Criticou que os jovens estão ser instrumentalizados por atores políticos e grupos de interesse para difundir mensagens de ódio, que incitam à violência, difamações e discursos inflamados contra pessoas públicas, através de transmissões diretas nas redes socias.
A governante disse que as redes sociais deveriam ser um espaço de partilha de ideias, de debate saudável e de fortalecimento da cidadania, mas que é utilizado como instrumento para propagar a desinformação, insultos e ataques pessoais, muitas vezes com o objetivo de desistabilizar as instituições e fragilizar a coesão social.
“Este fenómeno representa um risco grave para a estabilidade política, compromete o desenvolvimento nacional e ameaça ,seriamente, a democracia e paz social”. disse.
Segundo a ministra, uma juventude manipulada , exposta à esse ciclo de desinformação, perde a oportunidade de desempenhar o papel que lhe é destinado, como força motriz de inovação, do diálogo, da construção de um futuro melhor para a Guiné-Bissau.
Recomenda a mudança de mentalidade, rejeição de práticas que dividem e afastam dos objetivos coletivos.
Defendeu que os jovens devem ser protagonistas não espetadoras , ponto de diálogo e não instrumento de conflitos.
Em representação do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) Damião Mendes, sublinhou que o país está num período marcado por profundas transições políticas e institucionais.
“A Guiné-Bissau tem procurado consolidar o seu sistema democrático, mas os desafios permanecem, desde a instabilidade política, crónica, baixa confiança nas instituições, ausência de reformas estruturais e frágil Estado democrático..
Continuando neste ambiente a informação torna-se um instrumento estratégico, mas também um terreno de conflitos, a desinformação é usada muitas vezes para fins políticos, seja para desacreditar as instituições, manipular a opinião pública e ainda para incitar a desconfiança nos grupos sociais”, disse Damião Mendes.
Mendes, afirmou que a juventude defende a necessidade de ser politicamente esclarecida e ativamente engajado, de compreender seus direitos e deveres e saiber destinguir o exercício da liberdade de expressão e de manipulação ideológica.
“A desinformação não é apenas uma ameaça virtual ela afeta a nossa realidade social, onde a narrativa promove o ódio, intensifica o tribalismo, acentua a tensão religiosa, étnico e destrói a convivência pacífica entre os cidadãos. ANG/JD//SG