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Moçambique/Mondlane acusa PGR de o querer responsabilizar pela crise pós-eleitoral

Moçambique/Mondlane acusa PGR de o querer responsabilizar pela crise pós-eleitoral

(ANG) – O ex-antigo candidato às eleições presidências em Moçambique, Venâncio Mondlane, acusou nesta sexta-feira,  a Procuradoria-Geral da República de o querer responsabilizar por toda a crise pós-eleitoral.

Venâncio Mondlane é alegadamente acusado em mais de 30 processos judiciais no âmbito das manifestações pós-eleitorais.

Venâncio Mondlane foi ouvida na manhã desta sexta-feira, 27 de Junho, pela Procuradoria-Geral da República de Moçambique. Antes da audiência, em declarações aos jornalistas, o antigo candidato às eleições presidenciais disse que a notificação da PGR “fala esclarecimentos adicionais, então não faço a mínima ideia do que é que se trata”.

Venâncio Mondlane acusou a Procuradoria-Geral da República de o querer responsabilizar por toda a crise pós-eleitoral, sublinhado que há uma vontade “muito ardente” da Procuradoria tentar olhar para as manifestações que ocorreram no período pós-eleitoral “de uma maneira unilateral”.

“É uma tentativa de tentar desesperadamente reunir provas a propósito e a despropósito, para tentar gravitar toda a questão da crise pós eleitoral no Venâncio, quando nós sabemos que esta é uma questão multifacetada, que isso envolve os órgãos de justiça ou órgãos eleitorais”, acrescentou.

O ex-antigo candidato às eleições presidências em Moçambique que é visado em mais de 30 processos judiciais, no âmbito das manifestações pós-eleitorais, alerta para o papel da polícia que “cometeu atrocidades de todo o género que a própria Amnistia Internacional, num relatório publicado, demonstra que as atrocidades cometidas pela polícia estão na categoria dos crimes contra a humanidade”.

Venâncio Mondlane defende que se “a Procuradoria-Geral da República, como guardiã da legalidade e quisesse cumprir com esse papel, certamente que teria que ver o problema nessa dimensão”.

“Mas nós, até este momento, não temos notícias com evidências de das forças de defesa, de segurança e dos seus oficiais que tenham sido também processados, ouvidos ou interrogados neste processo. Como eu tinha dito de outra vez, nem sequer depois das dez horas eu soube qual é o crime que eu era acusado”, reiterou.

De acordo com um relatório do Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), a onda de manifestações violentas, marcadas por tumultos e violência desencadeadas em Moçambique no período pós-eleitoral, fez mais de 350 vítimas mortais, a maioria das quais reportadas nas províncias de Maputo e Nampula – no sul e norte do país.ANG/RFI

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