PR defende implementação de politicas públicas para prevenir e combater ameaças à estabilidade das instituições
(ANG) – O Presidente da República defendeu hoje a implementação de politicas públicas para se prevenir e combater as ameças à estabilidade das instituições e paz social.
Umaro Sissoco Embaló falava na abertura da primeira Conferência Internacional sobre a Justiça que decorre sob o lema: “ Justiça e os Desafios Contemporâneos”, que decorre de hoje até 29 do mês em curso, em Bissau.
Durante três dias, de acordo com programa , os conferencistas vão debater a Cooperção Juridica Internacional no Combate à Criminalidade e Recuperação dos Activos – experiência Cabo-Verdiana, a Constituição e as Instituições Democráticas, Justiça Criminal e os Desafios Contemporâneos.
A cooperação Jurídica Internacional no Combate à Criminalidade e Recuperação de Activos- a experiência são-tomense, o patrocínio judiciário e as Garantias Constitucionais, A justiça e o Estado de Dirieto – experiência –angolana, serão outros temas a debater.
O Chefe de Estado apontou a realização da justiça como um dos pilares do Estado de dirieto democratica.
Reconheceu que os desafios que a justiça guineense enfrenta são cada mais tecnicamente complexos
O chefe de Estado alertou que os agentes do crime organizado renovam sempre as suas capacidade no dominio de crime económico e financeiro, sobretudo por vias de branqueamento de capitais, da corrupção e cibercrime.
Face à esta realidade, que considerou de desafiante e complexa, o Presidente da República disse que o Estado tem de aplicar politicas públicas para prevenir e combater as ameaças que possam pôr em risco a estabilidade das instituições e a paz social.
Para o Presidente da República o sistema judicial só pode ser considerado democrático se for capaz de dar resposta atempada e acompanhar a evolução dos problemas sociais emergentes.
“Dada a natureza dos desafios que a justiça enfrenta é imperativo reforçar todos os instrumentos disponíveis da cooperação bilateral e multilateral”, disse.
Segundo a ministra da Justiça e dos Direitos humanos, Maria do Cêu Silva Monteiro é fundamental que a justiça não seja apenas uma instituição estática, mas um organismo dinámico, capaz de se adaptar e evoluir para enfrentar as novas demandas da sociedade.
A governante disse que a globalização, a revolução digital, as crises ambientais, os conflitos armados, as migrações em massa e as pandemias, são apenas alguns dos fenómenos que moldam o nosso presente e influenciam directamente o sistema da justiça.
“O tema central desta conferência, sob o lema: “A Justiça e os Desafios Contemporâneos”, não poderia ser mais pertinente. Estamos reunidos aqui para reflectir, discutir e encontrar soluções para as questões que afectam a justiça, a escala global. A troca de experiências, conhecimentos e melhores práticas entre diferentes nações é essencial para construirmos um sistema de justiça mais eficaz, inclusivo e equitativo”, referiu a governante.
Afirmou que a corrupção, continua a ser um dos maiores obstáculos à justiça em numerosos países e sustenta que este fenómeno retira a confiança pública nas instituições, desvia recursos necessários ao desenvolvimento e perpetua a desigualdade.
Para combater a corrupção de forma eficaz, segundo Maria de Cêu Monteiro, é preciso fortalecer os mecanismos de controle e fiscalização, promover a transparência e garantir que todos, independentemente de sua posição ou influência, sejam responsabilizados por suas ações.
“A luta contra a corrupção deve ser abrangente e envolver todos os sectores da sociedade. Isso inclui o fortalecimento das instituições judiciais, a promoção da ética e da integridade entre os servidores públicos e a implementação de politicas de transparência e prestação de contas”, assegurou.
Disse que, para além disso, é crucial envolver a sociedade civil e os meios de comunicação na luta contra a corrupção, garantindo que haja uma vigilância constante e um debate público vigoroso sobre a temática.
Maria do Cêu Silva Monteiro disse que a justiça é indessociàvel dos direitos humanos, e que atua como a guardião desses direitos, assegurando que todas as pessoas, independentermente de sua raça, género, religião ou estatuto social, possam viver com dignidade e segurança.
Por isso, a ministra defenedeu a colocação da proteção dos diretos humanos no centro da politica e práticas judiciais.
A governante disse que a colaboração internacional é essencial para enfrentar esses fenóminos, de maneira eficaz e que o tráfico de drogas continua a ser uma das principais fontes de receitas para as organizações criminosas transnacionais.ANG/LPG/ÂC//SG