
Visita do PR do Senegal/Diretor-Geral da Pesca Industrial considera de “benéfico” para o país acordo com Senegal

(ANG) – O Diretor-geral da Pesca Industrial considerou hoje de “benéfico” para o país, o acordo de pesca Guiné-Bissau/Senegal, tendo em conta os ganhos resultantes desse acordo, nomeadamente o pagamento de licenças de pesca, abastecimento do mercado nacional e embarque de marinheiros.
Amadú Djaló fazia para a Agência de Notícias da Guiné-ANG o ponto de situação da aplicação do Acordo de Pescas com o país vizinho cujo o Presidente Bassirou Diomaye Faye inicia segunda-feira(26) uma visita oficial de dois dias à Guiné-Bissau.
Afirmou que, para além desses benefícios, a parte guineense ainda beneficiava de formação de quadros do sector.
Explicou que, actualmente, as autoridades dos dois países estão empenhados no processo de renovação do referido acordo, frisando que, depois da terceira ronda de negociações, as partes não chegaram à uma conclusão.
Amadu Djaló disse que as negociações já vão para a quarta ronda, e que espera que se chegue à um acordo .
“Vamos voltar a mesa das negociações em breve, com a equipa técnica senegalesa para ver se conseguimos finalizar os termos de acordo em falta, sobretudo, a exigência de formação de quadros nacionais no Senegal , e que o Senegal assumisse os custos da formação como contrapartida ”,disse.
Amadu Djaló adiantou que durante este tempo em que não há acordo entre os dois país, o navios senegalesas não podem pescar no mar da Guiné-Bissau, sob pena de serem presos.
Para Djaló, o melhor seria que os dois Estados sejam simples reguladores do acordo para permitir aos operadores privados do sector fazerem seus acordos e repartindo benefícios..
Falando da certificação do pescado guineense para venda no exterior, o Director-geral da Pesca Industrial explicou que o processo se encontra numa fase avançada e que em termos de diplomas já se registaram avanços significativos.
Acrescentou que o passo seguinte passa pela criação de condições para que as empresas exportadoras possam se familiarizar com as exigências da União Europeia para poder exportar os produtos nacionais para a Europa”, disse.
“Ou seja está-se a criar condições para que este sonho torne realidade em termos de exportação de pescados da Guiné-Bissau para a Europa, e, no dia que isso acontecer, o país vai se alavancar com ganhos maiores na sua economia”, frisou.
Amadú Djaló referiu que a Guiné-Bissau já exporta produtos marinhos para a Coreia do Sul através das empresas que operam no sector da pesca artesanal radicadas em Cacheu e Cacine, dando emprego aos jovens.
Os dois países fazem entretanto a exploração dos recursos haliêuticos na zona marítima de exploração comum,numa partilha de 50 por cento para cada lado.
ANG/MSC/ÂC//SG