Ambiente /LGDH considera inscrição do Arquipélago de Bijagós na lista do Património Natural Mundial da UNESCO como “uma conquista para celebrar e um direito para defender”
(ANG) – A Liga Guineense dos direitos Humanos (LGDH),considerou a inscrição do Arquipélago de Bijagós na lista do Património Mundial Natural da Humanidade da UNESCO como uma “conquista para celebrar e um direito para defender”.
A reação da liga à decisão da UNESCO foi manifestado em comuniado à imprensa, à que a ANG teve acesso esta segunda-feira, segundo o qual este feito é para proteger e organização refere que “saúda com imenso orgulho e emoção o povo Bijagó”.
No comunicado a LGDH parabenizou ao Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP), que e indica que a dedicação incansável deste instituto foi decisiva para este feito que considera histórico, bem como a todas as instituições do Estado que, com empenho e determinação, abraçaram esta causa.
“A LGDH felicita igualmente as organizações não-governamentais, com especial destaque para a TINIGUENA – Esta Terra é Nossa, que há mais de três décadas tem lutado incansavelmente pela defesa da rica biodiversidade dos Bijagós e pelos direitos das comunidades locais, assim como os académicos, ambientalistas e todas as vozes comprometidas que tornaram possível esta vitória”,lê-se no comunicado.
A organização que defende os direitos humanos considerou que este reconhecimento internacional é o tributo à sabedoria milenar, à força invencível e à resiliência do povo Bijagó, e à riqueza única e incomparável da natureza da Guiné-Bissau e diz ainda que é a prova viva de que a harmonia entre o ser humano e o ambiente não só é possível, como deve ser um exemplo brilhante para o mundo.
Para a LGDH o feito é mais do que uma distinção ambiental , representa um avanço decisivo na defesa dos direitos humanos,uma reafirmação do direito sagrado das comunidades tradicionais à sua terra, à sua cultura e ao seu futuro.
Esta declaração, segundo o comunicado, constitui também uma muralha intransponível contra a apropriação, os negócios e as especulações mercantilistas que ameaçam as terras dos Bijagós – protegendo o seu território da voracidade do lucro desenfreado e garantindo que permaneça nas mãos do seu povo.
No documento, a LGDH alerta que o Arquipélago dos Bijagós não pode continuar a ser o “parente pobre” das políticas públicas nacionais e diz que é imperativo que o Estado guineense assuma um compromisso firme e sustentável para entre outros,preservar a biodiversidade única e frágil do arquipélago.
“Garantir e proteger os direitos ancestrais das comunidades locais, homens e mulheres,combater com rigor a criminalidade organizada, nomeadamente o tráfico de drogas, que ameaça a paz e a segurança da região e fomentar investimentos que promovam um turismo responsável, de qualidade, que respeite o ambiente e proteja a dignidade humana”,são outras recomendações feitas pela LGDH .
No comunicado a LGDH apela a uma gestão integrada, participativa e transparente deste património mundial, que assegure o desenvolvimento sustentável do arquipélago, respeitando a dignidade das suas populações e preservando o equilíbrio dos seus ecossistemas. ANG/MSC//SG