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Bastonário  da Ordem de Advogados diz  que  justiça guineense está impotente perante  respostas da consolidação de Estado de Direito

Bastonário  da Ordem de Advogados diz  que  justiça guineense está impotente perante  respostas da consolidação de Estado de Direito

(ANG) – O Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau(OAGB) considera, em Nota à Imprensa, que a justiça está  “paralisada e impotente” para dar respostas aos desafios da consolidação de um “verdadeiro Estado de Direito, Democrático” na Guiné-Bissau.

Januário Pedro Correia disse que  não tem  motivos e nem registo para assinalar, com alegria, e nem para festejar ou comemorar o Dia Nacional de Justiça (DNJ), assinalado domingo(12).

“Temos o registo da péssima memória resultante de resultados deficitários dos exercícios judiciais atuais e precedentes: as Violências exercidas contra os cidadãos indefesos e instituições democráticas, prisões e detenções arbitrárias e ilegais sem sensibilidade e soluções rápidas e eficazes pelas autoridades judiciárias”, sustentou.

Januário Correia acrescentou que a justiça não promove e nem atende, com caráter urgente e prioritário, os casos de constantes violações dos direitos humanos e dos cidadãos, sobretudo quando o próprio Estado se coloca na posição do principal protagonista e violador  dos direitos de liberdades fundamentais da imprensa, de expressão, de livre manifestação, do exercício político e democrático.

Criticou que tem-se registado no país a  exclusão de números significativos de técnicos e magistrados altamente qualificados por mera questão de conveniência de agenda alheia a boa gestão e administração da justiça.  

E disse haver também  perseguições e ataques à OAGB, à advocacia e aos advogados em pleno exercício da profissão.

“Urge mudar este paradigma, a fim de  recuperar a nossa independência, impor o respeito, autonomia e integridade da justiça, caso contrário, não tarda, sucumbiremos enquanto atores judiciários, poder judicial, liberdades fundamentais, segurança, paz social, soberania e enquanto Estado de Direito”, disse.

Pedro Correia disse serem essas e outras razões  que os levam a admitir a prevalência da tendência, este ano, de registo de um quadro “muito negativo e pessimista” da  in/justiça, preste a afundar mais e mais até se abater ao fundo, caso não houver união entre  – Ordem, Advogados, Magistrados do MP e Judiciais, para contornar o perigoso rumo que a  justiça guineense está a seguir.

“Não  há democracia, segurança e nem uma sociedade justa e plural sem uma justiça independente, transparente, objetiva e íntegra”, disse.

O Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau relatou que nos últimos anos tem se assistido uma  acentuada degradação do  sistema de administração da justiça, cada vez mais desfocada e afastada da realidade e da sua missão constitucional, institucional, funcional e social.

Januário Pedro Correia sublinhou que já se foram mais de meio século que a Guiné Bissau assumiu soberanamente a administração da justiça mas  sem assinaláveis registos de mudanças e evoluções significativas e nem perspetivas reais.

“ O poder judicial subordina-se ao poder político, contrariamente ao que deveria ser, com graves repercussões na desconfiança e no descrédito da justiça perante a sociedade e os cidadãos. Porém, elevado número de representantes políticos nos dois Conselhos Superiores constituem provas inequívocas de ingerência política na gestão administrativa, disciplinar e jurisdicional dos tribunais e do MP”, disse.

O   12 de Outubro é  o Dia Nacional da Justiça  na Guiné-Bissau e  recorda a transferência  da soberania, em matéria de administração da justiça, ao novo Estado em 1974, como resultado da proclamação da independência nacional em 24 de Setembro de 1973.ANG/JD//SG

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