EUA/Donald Trump alvo de protestos no mundo inteiro
(ANG) – Milhões de pessoas manifestaram sábado, de Nova Iorque a São Francisco, sob o lema “No Kings” (“sem reis” em português) contra as políticas descritas como “autoritárias” do presidente Donald Trump.
Neste dia de mobilização, que se estendeu além fronteiras a capitais europeias ou sul-americanas, é criticado pela direita norte-americana, que fala em “movimento de ódio contra a América”.
“O presidente pensa que o seu poder é absoluto. Mas nos Estados-Unidos não temos reis e não vamos ceder ao caos, à corrupção e à crueldade”: são estas as palavras de ordem do movimento “No Kings”, (“Sem Reis”, em português).
Os organizadores destas manifestações contestam as medidas políticas que dizem ser cada vez mais autoritárias, do presidente Donald Trump. Sindicatos e grupos de direitos humanos apelaram assim a um dia nacional de protestos em mais de 2 700 pontospor todo o país, nomeadamente nas imediações da residência do presidente, Mar-a-Lago, na Flórida, onde Donald Trump passa o fim-de-semana.
Trata-se doterceiro movimento de contestação contra a administração de Trump que ocorre este ano.
Em Junho, um primeiro dia de protestos juntou milhões de pessoas de todas as gerações, naquilo que foi a maior mobilização desde o regresso do Republicano à Casa Branca. No mesmo dia, Donald Trump celebrou 79 anos de idade com um grande desfile militar pelas ruas da capital americana.
Os protestos deste sábado estão também previstos em outras capitais do mundo, como em Bogotá na Colômbia, em Lisboa e Madrid.
Em Lisboa, o protesto foi coordenado pela organização “Americanos em Portugal Unidos em Protesto” e realiza-se também sob o lema “No Kings”.
Nas cidades espanholas de Madrid, Málaga e Barcelona, as manifestações em defesa da democracia norte-americana e contra as acções da administração Trump foram convocadas pela organização Democrats Abroad (AB).
O apelo a manifestar foi nomeadamente divulgado pela estrela de cinema de Hollywood, Robert de Niro, que publicou um vídeo a pedir aos seus fãs e concidadãos para se “levantarem de forma não-violenta contra o Rei Donald Trump”.
Desde o seu regresso ao poder, em Janeiro, Donald Trump tem perturbado o equilíbrio da democracia norte-americana, usurpando os poderes do Congresso e ameaçando os seus opositores com represálias judiciais.ANG/RFI