Burkina Faso/Atentado durante missa faz pelo menos 15 mortos
(ANG) – Um atentado durante uma missa católica na
localidade de Essakane, no Burkina Faso, fez domingo pelo menos 15 mortos, informou o portal Vatican News, que cita o bispo da diocese de Dori, Laurent Bifuré Dabire.
Os atacantes fizeram 12 vítimas mortais no local, ao passo que outras três pessoas morreram na sequência dos ferimentos causados, posteriormente, no Centro de Saúde e Promoção Social. Há, ainda, dois feridos.
“Convidamos todos a rezar pelo repouso eterno daqueles que morreram na fé, pela cura dos feridos e pelo consolo dos corações em luto. Também rogamos pela conversão daqueles que continuam a semear a morte e a desolação em nosso país. Que nossos esforços de penitência e oração durante este período de Quaresma tragam paz e segurança ao nosso país, Burkina Faso”, escreveu o bispo em comunicado.
A comunidade católica da aldeia de Essakane foi vítima de um “atentado terrorista, quando se encontrava reunida para as orações dominicais”, escreveu o vigário-geral da mesma diocese, num comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP, com um balanço provisório de “15 fiéis mortos”.
O ataque terá sido realizado por homens armados, que entraram na igreja católica de Essakane, aldeia situada na chamada zona das “três fronteiras”, nas fronteiras do Burkina Faso, do Mali e do Níger, onde atacam frequentemente os grupos ‘jihadistas’.
Desde 2015, o Burkina Faso tem sido confrontado com uma violência ‘jihadista’ atribuída a movimentos armados afiliados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico, que já causou cerca de 20 mil mortos e mais de dois milhões de deslocados internos.
Estes ataques têm por vezes como alvo as igrejas do país, onde os raptos de clérigos cristãos também aumentaram.
Desde Abril de 2019 diversos ataques em igrejas católicas e protestantes em vários pontos do país resultaram num total de 39 mortos e 18 feridos.
O Burkina Faso, o Mali e o Níger têm sido todos confrontados com uma violência ‘jihadista’ recorrente e mortífera, situação agravada pela instabilidade política testemunhada nos três países, onde os governos civis foram derrubados por sucessivos golpes de Estado militares desde 2020.
ANG/Angop